Com Franjinha e Milena, série live-action leva ciência às crianças

A produção infantil “Franjinha e Milena em Busca da Ciência” aborda assuntos científicos contemporâneos de forma leve para os pequenos

Por Beatriz Herminio, com edição de Luiza Monteiro


Com Franjinha e Milena, série leva conhecimento científico ao público infantil Divulgação

“Parece mágica, mas é ciência” é o bordão de Franjinha na nova série live-action do universo de Mauricio de Sousa, Franjinha e Milena em Busca da Ciência. Com oito episódios ao todo, a série estreou nesta terça-feira (27) no streaming Max Brasil e no canal Discovery Kids, às 13h, com reprise às 20h30 e episódios novos de segunda a sexta.

Comunicativa e apaixonada por animais, a personagem Milena estreou nos gibis da Turma da Mônica em 2019. Interpretada por Bia Lisboa, agora ela atua com Franjinha (Fabrício Gabriel), nessa produção que busca mostrar ao público a importância do conhecimento científico.

Na história, a dupla investiga os mistérios da viagem no tempo, mas a todo momento seu objetivo é deixado de lado para resolver problemas como queda de luz, infestação de pulgas e abelhas ou a proximidade de um cometa com a Terra – desafios que levam os protagonistas a pensarem soluções com base na ciência.

No Brasil, a edição de 2019 da pesquisa de Percepção Pública da Ciência e Tecnologia, feita pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), mostrou que 62% dos entrevistados afirmaram estar interessados ou muito interessados em algum assunto relacionado a essas áreas, mas a maioria disse “nunca” ou “raramente” buscar informação sobre o tema em qualquer mídia. Apesar disso, internet, redes sociais e programas de TV são os meios de maior consumo de informação.

Daí a uma importância em divulgar a ciência para as crianças. Mas como fazer isso? “Ciência não é algo separado da vida, do dia a dia; tudo que acontece na sociedade de alguma maneira passa pela ciência", diz Marina Filipe, produtora executiva de conteúdo Kids da Warner. "É isso que a gente busca na série; trazer a ciência para um lugar comum, para um lugar onde todo mundo tem acesso, e trazer o pensamento científico mais do que o experimental de laboratório, de tubo de ensaio e tudo o mais”, completa.

Desde 1959, a Maurício de Sousa Produções (MSP) tem o personagem ideal para a série: Franjinha que, ao lado de seu cachorro Bidu, sempre foi inventivo e apaixonado por ciência. Na nova produção, ele busca divulgar conhecimento com vídeos na internet, mas seu canal não faz muito sucesso. Por isso, chega Milena que, comunicativa e interessada, já tem uma comunidade na internet e vai ajudá-lo a alcançar um público maior enquanto aprendem juntos.

A escolha dos temas incluiu não apenas tópicos de grande relevância, mas levou em conta também o que poderia interessar as crianças. “Qual é o maior elo de ligação que a gente encontrou entre ciência e infância? A criança é naturalmente curiosa, e curiosidade é um pouco a essência da ciência. Tudo começa com uma curiosidade, uma pergunta e uma busca de resposta”, diz Mauro D'Addio, diretor da série.

A partir de temáticas que estão no imaginário infantil e costumam despertar interesse nos pequenos, como astronomia, dinossauros e viagem no tempo, a série ainda aborda temas contemporâneos como robótica, inteligência artificial e até mesmo pandemias.

“As personagens às vezes falam de alguns conceitos que nem eu mesmo aprendi na escola ainda", relata Fabrício, que interpreta Franjinha. "É uma série que vai ensinar as crianças de uma forma divertida, mais segura e que elas possam fazer experiências de forma autônoma", completa o ator, de 14 anos.

Para Bia Lisboa, sua personagem se descobriu cientista a partir da relação com Franjinha. "Ela pôde descobrir que a ciência é uma arte de dúvidas e não de certezas. Então ela também fez com que o Franjinha fosse para fora do laboratório", afirma a atriz de 11 anos. O perfil da personagem ajuda a explicar os termos técnicos e menos conhecidos usados por Franjinha, trocando-os por palavras mais simples e de fácil entendimento.

“O melhor presente que essa série pode dar, além de ser divertida e entreter, é a criança sair pensando sobre aquilo”, diz Mauro. “Eu acho que a vocação da série é provocar perguntas e a curiosidade natural da infância, que a gente tem que estimular e não perder.”

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