Ciência

Por Redação Galileu

O DNA humano pode ser detectado no ar enquanto as pessoas falam, respiram ou tocam em superfícies, mesmo usando luvas ou limpando depois. Os pesquisadores de ciência forense da Universidade Flinders, na Austrália, testaram um novo método usando aparelhos de ar-condicionado convencionais e um dispositivo portátil de coleta de ar para a análise.

A descoberta foi publicada em 28 de fevereiro na revista Analytical Science, que explica as substâncias de DNA podem permanecer no ar por um longo tempo, mesmo após a limpeza com álcool. Isso acontece devido os aparelhos de ar-condicionado circularem o ar em uma sala e acabar sugando no ar ambiente.

O estudo usou aparelhos de ar-condicionado limpos de quatro escritórios e quatro casas, removendo qualquer partícula anterior. Durante quatro semanas, os ocupantes dos locais viveram suas vidas normalmente e os cientistas coletaram amostras do interior dos aparelhos.

Após a análise, os cientistas descobriram quem ocupou mais recentemente os locais. Entretanto, o DNA dos usuários mais antigos se sobressaiu em relação aos demais. "O DNA humano pode ser encontrado no ar depois que as pessoas falam ou respiram (através de gotículas de saliva), eliminam células da pele ou são desalojadas e aerosolizadas de superfícies e coletadas para análise de DNA", explica Emily Bibbo, uma candidata a doutorado na Faculdade de Ciências e Engenharia da Universidade Flinders, em comunicado.

O estudo também mostrou que o ar que circula pelo ar-condicionado pode recolher DNA humano, o que sugere que o material pode se depositar nas superfícies. Os pesquisadores testaram diferentes filtros que obtiveram o mesmo resultado.

"É muito improvável que um infrator comum, mesmo com conhecimento forense, consiga impedir totalmente que o seu DNA seja liberado no meio ambiente", diz a Dra. Mariya Goray, professora sênior de ciência forense da Universidade Flinders, no comunicado.

Com a continuação dos estudos para aprimorar a nova técnica, no futuro os criminosos podem ser capturados com o uso de evidências forenses de DNA no ar em locais de crime limpos de impressões digitais e outros registros.

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