Arqueologia

Por Redação Galileu

Em uma vasta pedreira de carvão a céu aberto perto da vila de Kostolac, na Sérvia, mineiros encontraram os restos de um barco romano abandonado no rio Danúbio, que pode datar do século 3 ou 4 d.C. O achado foi divulgado pela agência de notícias Reuters no último dia 3 de agosto.

O naufrágio foi revelado no final de julho, na mina de carvão Drmno, por uma escavadeira que desenterrou um pouco de madeira. Os mineiros que notaram os restos do navio avisaram arqueólogos do parque arqueológico Viminacium, que é operado pelo Instituto de Arqueologia de Belgrado.

Os arqueólogos trabalham agora para tentar preservar o esqueleto do navio no local, onde existiu o antigo assentamento romano de Viminacium. A descoberta é a segunda de seu tipo na área desde 2020.

Naufrágio foi desenterrado no final de julho na mina de carvão Drmno perto de Kostolac, na Sérvia — Foto: Instituto de Arqueologia, Belgrado
Naufrágio foi desenterrado no final de julho na mina de carvão Drmno perto de Kostolac, na Sérvia — Foto: Instituto de Arqueologia, Belgrado

A embarcação provavelmente fazia parte de uma frota fluvial que servia à altamente desenvolvida cidade romana de 45 mil habitantes. Lá havia fortificações, local para equitação ou corridas de cavalos, fortificações, um fórum, um palácio, templos, anfiteatro, aquedutos, lugar de banhos e oficinas.

Segundo o principal arqueólogo da investigação, Miomir Korac, descobertas anteriores sugerem que o navio pode datar da época em que Viminacium era capital da província romana de Moesia Superior e tinha um porto perto de um afluente do rio Danúbio.

"Podemos assumir que este navio é romano, mas não temos certeza de sua idade exata", disse ele à Reuters, acrescentando que a madeira do naufrágio foi borrifada com água e mantida sob uma lona para evitar a deterioração no calor do verão.

Segundo o portal Live Science, os restos de madeira estavam enterrados em uma camada de lodo cerca de oito metros abaixo da superfície. A embarcação com 20 metros e comprimento e 3,5 metros de altura tinha fundo chato, como uma barcaça.

"É provável que a barcaça tenha sido rebocada da costa ou impulsionada por remos, e em situações adequadas o navio também poderia usar o vento para se mover, usando uma vela auxiliar", disseram os arqueólogos.

Arqueólogos escavam o casco de um navio de madeira na Sérvia — Foto:  Instituto de Arqueologia, Belgrado
Arqueólogos escavam o casco de um navio de madeira na Sérvia — Foto: Instituto de Arqueologia, Belgrado

Mladen Jovicic, que faz parte da equipe que trabalha no naufrágio, disse à Reuters que mover o casco do navio de 13 metros sem quebrá-lo seria difícil. "Nossos amigos engenheiros vão preparar uma estrutura especial que será levantada por um guindaste, e seguirá todo o processo de conservação gradual", conta.

Uma equipe de arqueólogos escava os restos do antigo barco enquanto máquinas gigantes da mina de carvão operam nas proximidades — Foto: Instituto de Arqueologia, Belgrado
Uma equipe de arqueólogos escava os restos do antigo barco enquanto máquinas gigantes da mina de carvão operam nas proximidades — Foto: Instituto de Arqueologia, Belgrado

Apesar das escavações de Viminacium acontecerem desde 1882, os arqueólogos estimam que tenham vasculhado apenas 5% do local, que tem 450 hectares. As descobertas até agora incluem telhas douradas, esculturas de jade, mosaicos, afrescos, armas e restos de três mamutes.

Os especialistas acreditam que dois navios e três canoas já encontrados na área afundaram ou foram abandonados na margem do Danúbio. Eles pretendem exibir no futuro a mais recente descoberta com milhares de artefatos desenterrados em Viminacium.

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