Arqueologia

Por Redação Galileu

Arqueólogos descobriram artefatos e a área de assentamento da cidade romana “perdida” de Tenea, localizada no atual município de Corinto, na Grécia. As investigações ocorreram durante um levantamento sistemático em 2022, porém os resultados só foram divulgados no último dia 20 de janeiro pelo Ministério da Cultura e Esportes do país.

Segundo o site Heritage Daily, durante séculos a cidade foi descrita apenas em mitos gregos e textos históricos, como na lenda de Édipo, o mítico rei de Tebas, ou na história de Archias de Corinto, que pegou colonos de Tenea e fundou a cidade de Siracusa, na ilha italiana da Sicília.

O município “perdido” também aparece no texto do geógrafo do século 2 d.C., Pausânias, que afirma que a cidade dos tempos clássicos foi construída por prisioneiros de guerra troianos por volta de 1100 a.C.

A “redescoberta” de Tenea ocorreu por acaso em 1984, quando moradores da região tropeçaram em um antigo sarcófago enquanto cavavam um poço e alertaram a arqueóloga Elena Korka. A especialista liderou as primeiras escavações no município em 2013 para proteger o local de danos que já havia sofrido de saqueadores ilícitos de antiguidades.

Nas escavações de 2022, uma equipe da Diretoria de Antiguidades Pré-históricas e Clássicas do Ministério da Cultura e Esportes investigou um antigo edifício público que mede 156 m². De acordo com comunicado, no lugar havia achados importantes, entre eles, estatuetas votivas (dedicadas a deuses), provavelmente ligadas a um espaço de culto vizinho.

O edifício apresentava uma elaborada alvenaria de pedra e continha um esconderijo de 18 moedas de prata e cobre, além de uma picareta de ferro, uma chave do mesmo material, um estilete e cerâmica romana. Uma forte muralha do início do período clássico foi também escavada nos limites da cidade.

As escavações revelaram ainda um esconderijo de 2,1 mil moedas em um prédio entre o que seriam lojas romanas. As moedas datam principalmente dos séculos 5 e 6 d.C. Entre as relíquias, estão unidades monetárias representando governantes, como Teodósio, Zeno, Anastácio I Dicoro, Justino I e Justiniano I, bem como uma moeda de cobre do século 4 d.C.

Perto do centro comercial romano foi encontrado outro edifício, esse de 145 m². O lugar tem camadas inferiores de fundações com cerâmicas dos períodos Arcaico e Clássico, além de vasos em miniatura, lâmpadas e estatuetas representando pássaros, cavalos e outros animais.

Perto da necrópole da cidade, a equipe descobriu também um monumento funerário romano com uma câmara subterrânea. No interior do monumento, havia diversos itens: uma moeda do século 1 a.C cunhada em Corinto, uma moeda de bronze de Atenas do período clássico, uma lâmpada com a representação do deus da guerra Ares e até um incensário de vidro.

A câmara sob o monumento continha ainda o enterro de uma criança, colocada em um túmulo com um telhado de cerâmica. A leste do local, foi descoberto um muro de 18 metros, construído com pedras retangulares processadas.

A muralha parece ter sido interrompida durante a época romana para a construção de uma grande cisterna, que provavelmente foi a principal fonte de água da cidade no período romano.

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