• Redação Galileu
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Mandíbula de titânio impressa em 3D é aplicada com sucesso pela 1ª vez (Foto: Instituto do Câncer Holandês)

Mandíbula de titânio impressa em 3D é aplicada com sucesso pela 1ª vez (Foto: Instituto do Câncer Holandês)

Pela primeira vez, um maxilar inferior de titânio foi implantado em um paciente com câncer de cabeça e pescoço. O dispositivo é fruto de quatro anos de pesquisa feita pelo Instituto do Câncer Holandês e tem potencial de revolucionar a maneira como são tratados os transplantes de ossos do maxilar.

Normalmente, a mandíbula é reconstruída com ossos de outras partes do corpo, em geral da fíbula, um pequeno osso da perna. Acontece que esses métodos são complexos, requerem novas ligações vasculares e podem causar problemas na área doadora. Com o método de placas metálicas, também muito utilizado, em 40% dos casos os parafusos podem se soltar e perfurar a mucosa ou a pele.

Já a mandíbula impressa em 3D com tecnologia holandesa Mobius 3DR é feita a partir da ressonância magnética e tomografia computadorizada do próprio paciente. Dessa maneira, ela se encaixa perfeitamente na região afetada, com a forma e o peso da mandíbula original e muito mais forte que as placas usadas atualmente.

O implante também usa uma orientação inovadora dos parafusos de fixação, garantindo que eles permaneçam no lugar. E como é feita sob medida, a mandíbula mantém seu ajuste, e a pressão na mucosa é distribuída de maneira mais uniforme.

Os pesquisadores esperam que essa aplicação atinja nível comercial entre 2023 e 2024. Enquanto isso, pesquisas estão em andamento para expandir ainda mais essas técnicas a implantes em outras partes do rosto e do crânio.