Tecnologia
Mandíbula de titânio impressa em 3D é aplicada com sucesso pela 1ª vez
Tecnologia holandesa substitui reconstituições de mandíbula tradicionais, complexas e com altas taxas de complicações, por dispositivo inovador feito sob medida
1 min de leitura![Mandíbula de titânio impressa em 3D é aplicada com sucesso pela 1ª vez (Foto: Instituto do Câncer Holandês) Mandíbula de titânio impressa em 3D é aplicada com sucesso pela 1ª vez (Foto: Instituto do Câncer Holandês)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/0CcVPp4n5KWPGvBRnFtDX2Y974k=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/08/08/foto-kaak_3d.jpg)
Mandíbula de titânio impressa em 3D é aplicada com sucesso pela 1ª vez (Foto: Instituto do Câncer Holandês)
Pela primeira vez, um maxilar inferior de titânio foi implantado em um paciente com câncer de cabeça e pescoço. O dispositivo é fruto de quatro anos de pesquisa feita pelo Instituto do Câncer Holandês e tem potencial de revolucionar a maneira como são tratados os transplantes de ossos do maxilar.
Normalmente, a mandíbula é reconstruída com ossos de outras partes do corpo, em geral da fíbula, um pequeno osso da perna. Acontece que esses métodos são complexos, requerem novas ligações vasculares e podem causar problemas na área doadora. Com o método de placas metálicas, também muito utilizado, em 40% dos casos os parafusos podem se soltar e perfurar a mucosa ou a pele.
Já a mandíbula impressa em 3D com tecnologia holandesa Mobius 3DR é feita a partir da ressonância magnética e tomografia computadorizada do próprio paciente. Dessa maneira, ela se encaixa perfeitamente na região afetada, com a forma e o peso da mandíbula original e muito mais forte que as placas usadas atualmente.
O implante também usa uma orientação inovadora dos parafusos de fixação, garantindo que eles permaneçam no lugar. E como é feita sob medida, a mandíbula mantém seu ajuste, e a pressão na mucosa é distribuída de maneira mais uniforme.
Os pesquisadores esperam que essa aplicação atinja nível comercial entre 2023 e 2024. Enquanto isso, pesquisas estão em andamento para expandir ainda mais essas técnicas a implantes em outras partes do rosto e do crânio.