• Redação Galileu
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Túmulo memorial perto do local onde as cinzas foram encontradas no nordeste da Polônia (Foto: Divulgação/ IPN)

Túmulo memorial perto do local onde as cinzas foram encontradas no nordeste da Polônia (Foto: Divulgação/ IPN)

Passados quase 80 anos do final da Segunda Guerra Mundial, evidências das atrocidades cometidas pela Alemanha nazista continuam a ressurgir. Na última quarta-feira (13), o Instituto Polonês de Memória Nacional (IPN) anunciou em coletiva a descoberta de uma vala comum perto de um campo de concentração nazista com cinzas de restos mortais de até oito mil pessoas. 

Pesando cerca de 15,8 toneladas, a massa de cinzas humanas foi desenterrada perto do campo de concentração de Soldau, no nordeste da Polônia. Durante a guerra, o campo mantinha presa principalmente a elite intelectual judaica e polonesa até a deportação para campos de trabalho.

Presidente do IPN Karol Nawrocki e Tomasz Jankowski, chefe da Comissão de Investigação de Crimes Contra a Nação Polonesa em túmulo memorial perto do local onde foram encontradas as cinzas (Foto: Divulgação/ IPN)

Presidente do IPN Karol Nawrocki (direita) em túmulo memorial perto do local onde foram encontradas as cinzas (Foto: Divulgação/ IPN)

O local era muito mais do que um “campo de trânsito”: quase metade das pessoas presas lá entre 1939 e 1945 não sobreviveu por conta de fome, doenças, maus-tratos e tiroteios em massa. Ali morreram as vítimas da Intelligenzaktion, nome da ação de extermínio alemã que visava eliminar as elites do Estado polaco.

“Na primavera de 1944, os corpos das pessoas enterradas aqui foram escavados e incinerados. Os restos não queimados foram moídos, para que o crime não visse a luz do dia e ninguém pudesse ser responsabilizado”, disse Karol Nawrocki, presidente do IPN, em comunicado.

Agora, o grupo responsável pela descoberta recente, que inclui especialistas em arqueologia e antropologia liderados por Andrzej Ossowski, da Universidade Médica da Pomerânia, vai retirar amostras das cinzas para análise de DNA em laboratório, de acordo com a Agência France-Press.