• Marília Marasciulo
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Fachada do Museu Nacional da UFRJ antes do incêndio (Foto: JorgeBRAZIL/Wikimedia Commons)

Fachada do Museu Nacional da UFRJ antes do incêndio (Foto: JorgeBRAZIL/Wikimedia Commons)

No dia 2 de setembro de 2018, um incêndio destruiu o acervo do Museu Nacional, instituição científica mais antiga do Brasil que desde 1818 acumulava mais de 20 milhões de itens na maior coleção de história natural da América Latina. No primeiro andar do prédio, ficava a Biblioteca Francisca Keller, que tinha o maior acervo de antropologia e ciências humanas da América do Sul.

Parte do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social (PPGAS), Museu Nacional, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), criado em 1968 e o primeiro curso de pós-graduação em Antropologia Social do país, a biblioteca tinha cerca de 37 mil itens. Eram obras de referência, livros, periódicos, teses, dissertações, anais de congressos, entre outros. Era também um espaço de convivência relevante para os profissionais da área.

A pouco menos de a tragédia completar um ano, os pesquisadores já receberam 10.500 volumes de doações e outros oito mil estão a caminho. Eles esperam chegar a 40 mil em um período de três anos. Falta agora o financiamento para reabrir a biblioteca em um novo espaço planejado pela Faculdade de Arquitetura da UFRJ, no Horto Botânico, na Quinta da Boa Vista.

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Para acelerar o processo de arrecadamento de fundos, eles estão fazendo uma vaquinha na plataforma Benfeitoria. A verba será usada para a demolição de paredes internas do espaço, restaurar o piso, fazer acabamento e pintura, colocar forro, fazer a instalação elétrica e de ar condicionado e o restauro de ferragens. Esperam conseguir R$ 129 mil até o dia 12 de setembro. 

“Temos livros, temos um projeto, temos uma equipe interdisciplinar trabalhando para a reabertura da biblioteca, agora precisamos da sua ajuda para tornar esse sonho possível”, diz a antropóloga Olívia Maria Gomes da Cunha, no vídeo feito para a divulgação da campanha.

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