• Texto: Larissa Lopes, de Faina (GO)* | Edição: Luiza Monteiro
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Morador de Araras, Deide Freire foi diagnosticado com xeroderma pigmentoso aos 16 anos (Foto:  Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Divulgação)

Morador de Araras, Deide Freire foi diagnosticado com xeroderma pigmentoso aos 16 anos (Foto: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Divulgação)

Aos 4 anos de idade, as primeiras manchas começaram a aparecer na pele de Alisson Wendel Machado Freire. Preocupada, a pedagoga Gleice Francisca Machado Freire, sua mãe, conseguiu agendar uma consulta no Hospital Estadual Alberto Rassi, em Goiânia, considerado referência em atendimento de saúde no estado de Goiás. A família percorreu 245 quilômetros de Recanto das Araras, um loteamento de terras na cidade de Faina, até a capital para comparecer à consulta — são cerca de três horas e meia de viagem.

“Alisson era um menino alegre, vivo, falante — e ruivo, começando a ter uma ou outra sarda”, recorda Sulamita Costa Wirth Chaibub, médica dermatologista que atendeu o garoto e, a princípio, não verificou nada incomum. “A pele ruiva é a mais delicada de todas, então, recomendei à mãe que a tratasse com muito cuidado, passando protetor solar diariamente e evitando que o menino pegasse sol das 10h às 16h.” As indicações foram seguidas, mas nada impediu que, dois anos depois, em 2009, a família voltasse a procurar Chaibub. “Dessa vez, eu liguei as antenas”, confessa a especialista.

A criança apresentava pintas e manchas mais acentuadas e em maior quantidade, além de nódulos pequenos que poderiam ser o que os médicos chamam de nevos, lesões na pele formadas pelo acúmulo de células névicas ou melanócitos que podem ser benignas ou malignas. A médica, então, perguntou a Gleice se mais alguém da família era ruivo e tinha problemas de pele. A avó materna do menino tinha cabelo alaranjado, mas não havia histórico de doenças dermatológicas. Outras pessoas da comunidade, no entanto, conviviam com muitos cânceres de pele, e Chaibub suspeitou que os casos pudessem estar relacionados. Com ajuda de outros colegas dermatologistas, a médica passou a acompanhar Alisson.

Alisson W. Machado Freire tem 18 anos e foi diagnosticado com xeroderma pigmentoso aos 6. (Foto: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Divulgação)

Alisson W. Machado Freire tem 18 anos e foi diagnosticado com xeroderma pigmentoso aos 6. (Foto: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Divulgação)

Em pouco tempo, uma mancha em especial começou a evoluir e os médicos decidiram retirá-la cirurgicamente. Era um câncer de pele aos 6 anos de idade. Chaibub foi a São Paulo procurar especialistas que a ajudassem a fazer um diagnóstico molecular. Após biópsias e testes genéticos, descobriu-se que o garoto tinha uma doença genética rara chamada xeroderma pigmentoso (abreviada como XP), e ele não estava sozinho em sua comunidade.

Herança genética

Descrita pela primeira vez em 1874 pelo húngaro Moritz Kaposi e o austríaco Ferdinand Ritter von Hebra, a doença tem um nome de origem latina que faz referência às principais características físicas de seus pacientes: xero significa “seca”, derma é “pele” e pigmentosum equivale a “pigmentada”.

Seca e repleta de pintas, a pele de pessoas diagnosticadas com xeroderma pigmentoso é muito sensível à radiação ultravioleta (UV), predispondo-as a desenvolver câncer com uma frequência mil vezes maior do que a população geral. Isso acontece porque esses indivíduos carregam mutações genéticas que impedem a reparação do DNA após exposição à luz UV.

“Essa é uma tarefa que nosso corpo executa cerca de 10 mil vezes ao dia, mas os pacientes com xeroderma não produzem proteínas que fazem esse serviço“, explica Carlos Frederico Martins Menck, professor titular do Instituto de Ciências Biomédicas (ICB) da Universidade de São Paulo (USP) e coordenador de estudos genéticos feitos na comunidade de Araras.

Trata-se de uma doença autossômica recessiva. Isso quer dizer que as mutações genéticas que a definem não estão nos cromossomos sexuais — de modo que homens e mulheres são igualmente afetados por ela — e que o paciente precisa herdar dois alelos mutados para desenvolvê-la, um vindo da mãe e outro, do pai. Caso a pessoa tenha herdado apenas um alelo modificado, independentemente de qual progenitor, ela não desenvolverá a doença, cujos sintomas se manifestam ainda na infância.

Ao todo, oito genes podem estar envolvidos na enfermidade. Mutações em sete deles — do XPA, XPB, XPC… ao XPG — impedem que o DNA seja reparado quando danificado pela radiação ultravioleta. Se as alterações estão presentes em um oitavo gene, denominado XPV ou POLH, o DNA lesionado pode ser reparado, mas uma tarefa igualmente importante não será executada: a síntese de translesão. Esse processo consiste em “pular” lesões do DNA enquanto ocorre a replicação do material genético.

"No mundo, o xeroderma pigmentoso atinge uma a cada 1 milhão de pessoas; em Recanto das Araras (GO), há um caso a cada 40 habitantes""

Sociedade Brasileira de Dermatologia

Para isso, é necessário contar com uma proteína chamada polimerase-eta (Pol η) — que não é produzida por pessoas com mutação no XPV. “A ausência dessa polimerase gera um grande problema para esses pacientes”, afirma Ligia Pereira Castro, geneticista que tem acompanhado a comunidade em Araras desde 2011, durante o doutorado defendido na USP. “Mesmo que eles tenham outras proteínas atuando no reparo de DNA, elas não têm a mesma função que a Pol η e, quando atuam em seu lugar, acabam por gerar mais erros genéticos, inserindo mais mutações. E mutações causam câncer”, explica.

Em geral, o XPV está associado a formas mais leves da enfermidade, o que resulta em uma maior expectativa de vida em quem tem essa mutação. Após diversas análises moleculares, constatou-se que esse é o caso da maioria dos pacientes em Araras.

Isolados no Cerrado

Antes de começar a acompanhar Alisson, a dermatologista Sulamita Chaibub só havia se deparado com três casos de xeroderma pigmentoso em mais de três décadas atuando no atendimento em clínicas públicas e privadas. “Encontrar dezenas deles em um só lugar era algo impensável, afinal, essa é uma doença rara”, conta a médica.

Segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a incidencia global é de um caso a cada 1 milhão de pessoas; no Recanto das Araras, é de um a cada 40 habitantes. Isso significa que, no coração do Cerrado goiano, onde revoadas de araras dão um espetáculo diário aos 800 moradores do distrito, está a maior concentração de pacientes com xeroderma no mundo. Por quê?

Vértebra humana descoberta no Vale do Jordão conta a história da migração pré-histórica vinda da África  (Foto: Omry Barzilai, Israel Antiquities Authority)

Vértebra humana descoberta no Vale do Jordão conta a história da migração pré-histórica vinda da África (Foto: Omry Barzilai, Israel Antiquities Authority)

Segundo um estudo publicado em abril de 2020 na revista Mutation Research/Genetic Toxicology and Environmental Mutagenesis, os casos de Araras não tiveram um, mas dois eventos fundadores. O primeiro deles ocorreu há cerca de dois séculos, quando famílias de origem ibérica se alocaram na região. Por conta do isolamento geográfico, casamentos consanguíneos se tornaram muito comuns por lá, o que aumentou a probabilidade da mutação genética localizada no intron 6 do gene POLH sobreviver por gerações. Liderado por Carlos Menck e com participação de pesquisadores da França e da Espanha, o estudo mostra que essa mutação é exatamente igual à de quatro famílias que vivem na região do País Basco e da Cantábria, na Espanha.

Já em 1965, houve outro episódio que inseriu mais uma variação genética relacionada ao xeroderma pigmentoso na comunidade: uma nova família se mudou do município de Hidrolândia, ao sul de Goiânia, para Recanto das Araras — e ela também tinha histórico da doença. A mutação trazida por esse grupo, no entanto, era outra: estava localizada no exon 8 do gene POLH.

De acordo com o estudo publicado em 2020, ela corresponde à mutação de dois casos europeus, mas sem relação com os do Brasil. “Eles se mudaram para lá simplesmente porque encontraram terras à venda por um bom preço”, diz Ligia Castro. Foi tudo uma grande coincidência.

Uma vida com obstáculos

Conviver com o xeroderma pigmentoso — em Araras ou em qualquer lugar do mundo — é sinônimo de restrições. O tratamento da doença, que não tem cura, consiste em prevenir o surgimento de manchas na pele com o uso de medicamentos e terapias apropriados, além da remoção cirúrgica de tumores. A pessoa acometida deve evitar ao máximo a exposição ao sol, já que a radiação ultravioleta pode agredir seu DNA irreparavelmente. Para isso, é necessário reaplicar protetor solar de alto fator várias vezes ao dia, além de usar roupas e óculos com proteção UV (os olhos também são partes sensíveis afetadas pela condição), repor vitamina D se necessário e mudar hábitos: praticamente trocar o dia pela noite.

Com Alisson, foi assim. Após o diagnóstico, a família se mudou da fazenda onde morava nas cercanias de Araras para o centro do pequeno loteamento — que, organizado em basicamente dois quarteirões, conta com uma igreja, uma escola, uma unidade básica de saúde em reforma, uma agência dos Correios, uma praça principal e a mercearia gerida pela família de Alisson. Essa foi a forma que seus pais encontraram de evitar ao máximo expor a criança ao sol no trajeto para a única instituição de ensino da região.

"Eu não ia nas aulas de educação física nem nos passeios (...) Sofria bullying por precisar cuidar da pele também""

Alisson W. Machado Freire

Na escola, porém, a rotina do menino era bastante impactada. “Eu não ia nas aulas de educação física nem nos passeios”, conta Alisson, hoje com 18 anos. “Sofria bullying por precisar cuidar da pele também, mas consegui fazer amigos que mantenho próximos até hoje.” Formado no ensino médio, que frequentou no período noturno, ele planeja voltar a estudar em 2022 e se preparar para o vestibular: seu sonho é se tornar médico dermatologista.

As ausências nas aulas de educação física não afetaram em nada a paixão do garoto por esportes. Fã de futebol e jogador assíduo de sinuca, o que atrapalha mesmo a vida de Alisson é a falta de estrutura na região. Há meses a quadra esportiva está sem iluminação, o que impede o adolescente e outros moradores de jogarem bola à noite, quando é seguro sair e se integrar à comunidade. “É sempre assim: o portador [da doença] tem que se adequar a uma realidade, mas o contrário nunca acontece”, desabafa Gleice Machado, que atua como porta-voz pelos direitos dos pacientes com xeroderma pigmentoso.

Desde o diagnóstico do filho, a pedagoga largou o emprego e passou a se dedicar não apenas aos cuidados dele, mas à luta de outras pessoas afetadas pela enfermidade. Em 2010, ela criou a Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (AbraXP), instituição responsável por diversas conquistas para a comunidade que convive com a doença. A garantia de tratamento e medicamentos fornecidos pela rede pública de saúde e o direito à aposentadoria a pacientes de Goiás são alguns exemplos.

A pedagoga Gleice Machado Freire atua como porta- -voz de pacientes com xeroderma pigmentoso em Goiás (Foto: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Divulgação)

A pedagoga Gleice Machado Freire atua como porta- -voz de pacientes com xeroderma pigmentoso em Goiás (Foto: Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD)/Divulgação)

E a associação ainda promoveu a integração de pessoas de todo o Brasil. “Eu achava que era a única com xeroderma pigmentoso no estado de Goiás, até que fiquei sabendo da AbraXP durante uma consulta em Goiânia”, conta Ivone Milhomens Sousa, de 47 anos. Moradora de Jataí, cidade que fica a 320 quilômetros da capital, ela foi diagnosticada aos 20 anos, quando teve uma lesão retirada logo após dar à luz sua primeira filha. “Minha mãe sempre me levava ao médico quando eu era criança, porque eu tinha muitas pintas, mas diziam que não era nada”, lembra.

Em tratamento há quase três décadas, Ivone estima que já fez mais de 50 biópsias de tumores benignos e malignos, incluindo dois melanomas. Agora, além dos cuidados com a pele, uma de suas prioridades é cuidar também da saúde mental. “Estou tentando marcar uma consulta para iniciar o tratamento psicológico, porque chega um ponto que você não consegue mais seguir sozinha”, declara. “Vai fazer dois anos que todos nós ficamos isolados por conta da pandemia e a experiência foi bem ruim. Agora, imagina o meu caso, que me isolo há 27 anos sem poder passear no fim de semana ou ir com o meu filho à praia no fim do ano.”

"É sempre assim: o portador [da doença] tem que se adequar a uma realidade, mas o contrário nunca acontece""

Gleice Machado Freire, mãe de Alisson e fundadora da Associação Brasileira do Xeroderma Pigmentoso (AbraXP)

Com o apoio de seu médico dermatologista, Ivone agora aproveita a noite para sair, visitar familiares e amigos e se dedicar ao seu mais novo hobby: fazer academia. O que ainda incomoda a diarista aposentada, no entanto, são os olhares da população. “Algumas pessoas até se afastam”, relata. “Pra mim, a melhor coisa é quando venho até aqui em Araras, porque não vejo ninguém me olhar diferente.”

Projeto Araras

A principal oportunidade que Ivone e outros pacientes com xeroderma espalhados pelo interior de Goiás têm de se encontrarem é durante a realização do Projeto Araras, uma iniciativa criada em 2015 pela SBD em parceria com a La Roche-Posay, marca dermatológica do grupo L’Oreal. “Trata-se de um projeto de conscientização e atendimento muito importante para a comunidade dessa região e também para os médicos, que trabalham para esclarecer sobre a prevenção do câncer de pele e realizar cirurgias”, explica Maya Colombani, diretora de Sustentabilidade da L’Oréal Brasil que ajudou a fundar a iniciativa.

A diarista aposentada Ivone Sousa calcula que já fez mais de 50 biópsias desde que descobriu a doença. (Foto: Divulgação)

A diarista aposentada Ivone Sousa calcula que já fez mais de 50 biópsias desde que descobriu a doença. (Foto: Divulgação)

Organizado a cada dois anos, o projeto social reúne profissionais da saúde de todo o país para prestar atendimento médico não só a quem vive com a doença genética como a toda a população local. Na última edição, realizada nos dias 19 e 20 de novembro, mais de 650 pessoas foram atendidas por dermatologistas e oftalmologistas voluntários em Recanto das Araras, onde as salas de aula da Escola Municipal Bruno Freire de Andrade viraram consultórios.

Em um caminhão adaptado e estacionado na praça do vilarejo, microcirurgias dermatológicas eram feitas principalmente para a retirada de tumores de pele que, apesar de mais frequentes em pacientes com xeroderma, também são muito comuns na população rural, que trabalha diariamente exposta ao sol. “Quanto mais precoce, melhores as chances de tratamento”, avisa o dermatologista Mauro Yoshiaki Enokihara, presidente da SBD e professor adjunto do Departamento de Dermatologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). “Em cânceres de pele, a primeira opção é, principalmente, a remoção desses tumores, que é o que temos feito no projeto, evitando que os quadros se agravem”, explica o médico.

Essas cirurgias são o que salvaram a vida de Deide Freire, morador de Araras diagnosticado com xeroderma pigmentoso em 1985, aos 16 anos. Mas os procedimentos deixaram muitas marcas, de modo que hoje ele utiliza uma prótese facial. “Na minha época, não tínhamos tantos cuidados e opções de tratamento como hoje”, diz Freire, que aproveitou as atividades do projeto para checar a saúde.

Mauro Yoshiaki Enokihara, presidente da SBD e professor da Unifesp, em atendimento do Projeto Araras (Foto: Divulgação)

Mauro Yoshiaki Enokihara, presidente da SBD e professor da Unifesp, em atendimento do Projeto Araras (Foto: Divulgação)

Além das consultas e microcirurgias, testes genéticos também são realizados durante o mutirão. O agricultor Agnaldo Peixoto de Carvalho, de 47 anos, viajou 360 quilômetros de Piracanjuba até Recanto das Araras a fim de saber se tem xeroderma pigmentoso. “Vim aqui para descobrir qual é o meu problema de vista e por que tenho manchas e caroços no corpo. Eu, particularmente, me sinto normal, mas o povo me exclui devido à aparência. Quero saber o que tenho para poder tratar”, afirma.

Ciência ao pé do ouvido

Durante a última edição do Projeto Araras, a população encontrou na igreja católica do vilarejo uma outra fonte de esperança além da fé: a ciência. O local serviu de base para coleta de material genético daqueles que vivem uma angustiosa dúvida em saber se carregam os genes mutados para a doença e qual a probabilidade de terem filhos que possam desenvolver a condição. O método de coleta de amostra de DNA mais usado por enquanto é o de saliva, que começou a ser implementado pela equipe de pesquisadores da USP orientados por Carlos Menck. Mas um novo teste está a caminho.

O químico Lurian Caetano David, mestrando da Universidade Federal de Goiás, está à frente da criação de um exame capaz de identificar genes mutados para a doença a partir do cerúmen, a cera de ouvido. “O diagnóstico por meio dessa secreção é especialmente importante para pessoas que têm dificuldades em fazer o teste com saliva, como crianças e idosos, que não conseguem produzi-la na quantidade de que precisamos para identificar as mutações”, explica David. Além disso, a cera de ouvido pode ser armazenada para análise por até duas semanas, mais tempo do que secreções como urina e sangue.

Quem participou da coleta de material genético na última edição do Projeto Araras acabou contribuindo para a próxima fase de estudos do novo teste. Foram colhidos a saliva e o cerúmen de cada voluntário, a fim de comparar a acurácia de diagnósticos dos dois exames. Em fases anteriores da pesquisa, o teste com cera de ouvido demonstrou ser tão preciso quanto o de saliva, considerado o modelo padrão-ouro para diagnóstico de xeroderma pigmentoso.

Em conjunto, pesquisadores, médicos, empresas, poder público e familiares seguem se mobilizando para que o conhecimento sobre a doença chegue a pacientes de todo o Brasil. “Tento de todas as maneiras fazê-los acreditar que eles podem e devem ter o direito de lutar por uma vida melhor”, declara Gleice Machado, que tem sido fundamental na vida não só de seu filho, mas na de muitos outros brasileiros.

*A jornalista viajou a convite de La Roche-Posay.