Saúde
Imagens demonstram menos danos a pulmões de vacinados contra Covid-19
Cientistas da Coreia do Sul analisaram tomografias do tórax de hospitalizados e observaram que sinais de pneumonia são mais comuns em quem não se imunizou ou completou o esquema vacinal
1 min de leitura![A e B: casos representativos mostrando padrões de pneumonia no tórax em mulher de 65 anos que contraiu Covid-19 dois meses após tomar duas doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer; C e D: tórax de homem de 48 anos após 1 dose de AstraZeneca (Foto: Sociedade Radiológica da América do Norte) A e B: casos representativos mostrando padrões de pneumonia no tórax em mulher de 65 anos que contraiu Covid-19 dois meses após tomar duas doses da Pfizer; C e D: tórax de homem de 48 anos após 1 dose de AstraZeneca (Foto: Sociedade Radiológica da América do Norte)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/iaQ2-Mc_eP-QGdHqcfNxareGjSc=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/02/01/pul.jpg)
A e B: casos representativos mostrando padrões de pneumonia no tórax em mulher de 65 anos que contraiu Covid-19 dois meses após tomar duas doses da vacina contra Covid-19 da Pfizer; C e D: tórax de homem de 48 anos após 1 dose de AstraZeneca (Foto: Sociedade Radiológica da América do Norte)
Pacientes que contraíram o Sars-CoV-2 após serem vacinados contra a Covid-19 têm danos mais leves nos pulmões, segundo revelam imagens de exames publicados em um estudo na revista científica Radiology., nesta terça-feira (1º)
Cientistas da Coreia do Sul consultaram dados de 761 pacientes hospitalizados com Covid-19 que tinham 47 anos de idade, em média. Suas informações foram coletadas do banco de imagens Korean Imaging Cohort for COVID-19 (KICC-19), entre junho e agosto de 2021.
Um subgrupo de 47 pessoas já havia sido vacinado com duas doses, enquanto outros 127 estavam imunizados parcialmente e 587 não tinham recebido qualquer vacina contra o novo coronavírus. As imagens de tomografia computadorizada do tórax foram feitas em 54% das pessoas durante a internação.
Os cientistas constataram que apenas 22% das tomografias dos não vacinados não tinham sinais de pneumonia. Esse índice foi de 30% entre os parcialmente imunizados e de 59% para aqueles que tomaram as duas doses.
![Tórax de homem de 36 anos que não foi vacinado contra a Covid-19 e sem comorbidades nas imagens E e F; o exame E foi realizado logo após a entrada no hospital com nenhuma alteração no pulmão; Já a tomografia F foi tirada no mesmo dia e mostra anomalia no lobo superior esquerdo (Foto: Yeon Joo Jeong et.al) Tórax de homem de 36 anos que não foi vacinado contra a Covid-19 e sem comorbidades. E: imagem logo após a entrada no hospital com nenhuma alteração no pulmão; F: tomografia tirada no mesmo dia mostra anomalia no lobo superior esquerdo (Foto: Yeon Joo Jeong et.al)](https://cdn.statically.io/img/s2.glbimg.com/JI3V-qXwT9a6TmlhiMpyN0xrqsA=/e.glbimg.com/og/ed/f/original/2022/02/01/images_large_radiol.213072fig2.jpeg)
Tórax de homem de 36 anos que não foi vacinado contra a Covid-19 e sem comorbidades nas imagens E e F; o exame E foi realizado logo após a entrada no hospital com nenhuma alteração no pulmão; Já a tomografia F foi tirada no mesmo dia e mostra anomalia no lobo superior esquerdo (Foto: Yeon Joo Jeong et.al)
Fatores como diabetes, idade avançada, trombocitopenia, além de níveis elevados de proteínas como LDH (desidrogenase lática) e C reativa (PCR) também foram associados a um maior risco de Covid-19 grave.
Idosos ou indivíduos com ao menos uma comorbidade estavam em sua maior parte no grupo de vacinados. A necessidade de ventilação mecânica e morte hospitalar ocorreu apenas entre não imunizados.
“Após o ajuste para as características clínicas basais, a análise mostrou que os pacientes totalmente vacinados tinham um risco significativamente menor de necessitar de oxigênio suplementar e de internação na UTI do que os pacientes não vacinados”, conta Yeon Joo Jeong, autora sênior do estudo, em comunicado.
Os cientistas consideram que, com o surgimento de novas cepas do Sars-CoV-2, pesquisas adicionais ainda são necessárias. Mas o estudo corrobora a importância da vacinação para as "infecções de escape", em que as pessoas contraem o vírus após serem imunizadas.