• Redação Galileu
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Micrografia eletrônica de partículas do vírus Sars-CoV-2 (Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID))

Micrografia eletrônica de partículas do vírus Sars-CoV-2 (Foto: National Institute of Allergy and Infectious Diseases (NIAID))

Entre os diversos efeitos da infecção pelo coronavírus Sars-CoV-2 no organismo está o aumento dos níveis da proteína CD47, localizada na superfície das células humanas. E, segundo um estudo publicado na última quarta-feira (22) no jornal científico Current Isues In Molecular Biologyesse pode ser um indicador de que o quadro de Covid-19 tende a se agravar.






A CD47 funciona como aquele aviso de "não comer" que alguém colocaria em um alimento estragado. No caso, ela serve de alerta para o sistema imunológico. Só que, ao ter sua produção induzida pelo Sars-CoV-2, as células infectadas não são reconhecidas pelas nossas defesas, e o vírus fica livre para seguir se replicando. Como resultado, aumenta o risco de evolução para um quadro grave.

Os autores, vinculados à Universidade de Kent, no Reino Unido, e à Universidade Goethe, na Alemanha, identificaram ainda que idade avançada e diabetes estão associados a uma maior produção de CD47. Sabe-se que esses também são fatores de risco para desenvolver Covid-19 grave. Níveis altos dessa proteína ainda estão por trás da hipertensão, outra comorbidade preocupante para a infecção.


Com isso, os especialistas acreditam que a CD47 pode ajudar na compreensão de doenças atreladas à Covid-19, auxiliando a criar métodos terapêuticos mais eficazes. “Por meio desse caminho, conseguimos um grande avanço e exemplificamos que a luta contra a doença continua”, comenta Jindrich Cinatl, pesquisador colaborador do estudo, em comunicado.