• Redação Galileu
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Desmatamento na Amazônia (Foto: Wikimedia Commons )

Desmatamento na Amazônia (Foto: Wikimedia Commons )

Em junho deste ano, o desmatamento da Amazônia cresceu em quase 60% em relação ao mesmo período no ano passado. O dado alarmante é do sistema DETER do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), que também divulgou que a floresta perdeu no mês passado 762,3 km² de mata nativa, o que vale a duas vezes a área de Belo Horizonte. Já em junho do último ano, o desmatamento foi de 488,4 km².

De acordo com os dados, alcançamos o pior registro desde 2016: houve um desmatamento de cerca de 1,5 vez o território da cidade de São Paulo (2.273,6 km²). Segundo a série histórica da plataforma Terra Brasilis, disponibilizada pelo Inpe e iniciada em 2015, no ano de 2016, de janeiro a junho, houve 3.183 km² de áreas desmatadas. Já na comparação de mês a mês com relação a 2018, o  desmatamento subiu, passando de 247,2 km² a 735,8 km² de floresta destruída.

Para chegar a esses dados, o Inpe utiliza satélites internacionais qualificados, como, por exemplo, os do sistema Landsat. São levados em conta desmatamentos com solo exposto, com vegetação remanescente e derrubadas resultantes de atividades ligadas à mineração, metodologia analisada pelo Observatório do Clima.

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Desmatamento na região da floresta amazônica (Foto: Youtube/ Reprodução)

Desmatamento na região da floresta amazônica (Foto: Youtube/ Reprodução)

Apesar dos levantamentos do Inpe serem comprovados pela comunidade científica nacional e internacional, eles já foram colocados em dúvida pelo ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que quer trocar o atual monitoramento por uma empresa privada e disse que os números “não são precisos”. 

Em entrevista ao jornal O Globo, Carlos Rittri, secretário-executivo do Observatório do Clima, afirmou que o sistema do Inpe “visa a alertar os órgãos ambientais para que vão a campo para acabar com o desmatamento”, porém, “não detecta o desmatamento em sua totalidade”. “Esses números mostram uma tendência muito forte, mas não permitem dizer que apenas essas regiões foram desmatadas”, explicou Rittri. 

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