• Redação Galileu
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Estação Espacial Internacional (ISS) com seus seis painéis solares (Foto: NASA)

Estação Espacial Internacional (ISS) com seus seis painéis solares (Foto: NASA)

O sono dos astronautas do segmento russo da Estação Espacial Internacional (ISS) foi interrompido por um cheiro de queimado e um alarme de fumaça que soou nesta quinta-feira (9). O incidente, que ocorreu antes de uma caminhada espacial, foi divulgado pela agência France- Presse (AFP).






O episódio, entretanto, não resultou no cancelamento da caminhada, realizada pelos cosmonautas russos Oleg Novitsky e Pyotr Dubrovno a partir das 12h do horário de Brasília — e prevista a durar cerca de 6 horas e 30 minutos.

Ainda assim, os odores incomuns chamaram a atenção de boa parte da tripulação. O astronauta francês Thomas Pesquet, por exemplo, disse que um “cheiro de plástico queimado ou de equipamento eletrônico” chegou até mesmo ao segmento norte-americano da estação.

"Um detector de fumaça foi acionado no módulo de serviço Zvezda, do segmento russo da Estação Espacial Internacional, durante o carregamento automático da bateria e um alarme disparou", informou a agência de notícias estatal russa RIA Novosti.

Mas a tripulação do módulo russo estava alerta sobre o que ocorria e ligou um filtro depois que o ar já estava limpo. Então, os cosmonautas voltaram a dormir. "Todos os sistemas estão operando normalmente", informou a agência espacial russa, Roscosmos. 

Módulo Zvezda do segmento russo da Estação Espacial Internacional (ISS) (Foto: NASA)

Módulo Zvezda do segmento russo da Estação Espacial Internacional (ISS) (Foto: NASA)

O incidente com fumaça é apenas um de uma série de problemas que a ISS enfrentou recentemente. Na semana passada, rachaduras foram descobertas no módulo Zarya. "Isso é ruim e sugere que as fissuras começarão a se espalhar com o tempo”, avaliou Vladimir Solovyov, engenheiro-chefe do projeto, à agência de notícias RIA.

Solovyov disse ainda que muitos aparelhos da estação espacial estão envelhecendo e alertou para uma "avalanche" de equipamentos quebrados após 2025, segundo a agência de notícias Reuters.






O módulo Zvezda já sofreu vários vazamentos de ar em 2019 e no início deste ano. O segmento russo também apresentou no mês passado uma desatualização em um software, que poderia levar a "falhas irreparáveis". Diante de tantos contratempos, a Roscosmos divulgou em abril que planeja deixar a ISS após 2025 e lançar sua própria estação orbital.