• Redação Galileu
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Pesquisadores encontraram 'estrada de tijolos amarelos' em antiga cadeia de vulcões subaquáticos no Oceano Pacífico, (Foto: EVNautilus/Reprodução )

Pesquisadores encontraram 'estrada de tijolos amarelos' em antiga cadeia de vulcões subaquáticos no Oceano Pacífico, (Foto: EVNautilus/Reprodução )

Durante uma expedição oceânica em uma antiga cadeia de vulcões subaquáticos no Pacífico, pesquisadores ficaram impressionados ao encontrarem um misterioso caminho submarino. Eles o apelidaram de "estrada de tijolos amarelos", fazendo alusão ao clássico O Mágico de Oz.






A novidade foi divulgada pelo site CNET na quinta-feira (5). A descoberta foi realizado pela tripulação da embarcação Nautilus, operada pela organização sem fins lucrativos Ocean Exploration Trust. O equipamento explorou o cume do vulcão Nootka Seamount, no Monumento Nacional Marinho Papahānaumokuākea, localizado na parte noroeste do Havaí.

Os pesquisadores filmaram todo o mergulho (veja o vídeo abaixo), que revelou uma formação similar à uma rua pavimentada em paralelepípedos. Apesar de parecer uma “estrada para Atlântida", eles descobriram que o caminho não leva a nenhuma civilização perdida: trata-se apenas de uma formação natural causada pela geologia vulcânica, que fraturou a rocha de maneira uniforme.

Segundo o site IFLScience, a intenção da equipe era a princípio colher amostras de crosta de manganês do fundo do mar com a ajuda de um braço robótico. Porém, os cientistas se depararam com a estrada, acreditando em um primeiro momento que se tratava de um leito de lago seco.

Eles concluíram que o trecho é feito de hialoclastita, ou seja, um tipo de rocha vulcânica encontrada onde erupções de alta energia depositaram fragmentos. “O que pode parecer uma ‘estrada de tijolos amarelos’ para a mítica cidade de Atlântida é realmente um exemplo de antiga geologia vulcânica ativa!”, confirma a Ocean Exploration Trust.

Rocha do caminho submarino coletada por embarcação da equipe de pesquisa (Foto:  EVNautilus/Reprodução/Youtube)

Rocha do caminho submarino coletada por embarcação da equipe de pesquisa (Foto: EVNautilus/Reprodução/Youtube)

Os padrões parecidos com tijolos, segundo a entidade, estão relacionados a ciclos de aquecimento e resfriamento ligados a erupções. A Nautilus passou a maior parte de abril estudando a geologia e os sistemas biológicos para entender outros montes e montanhas submarinas como esse. 






A equipe coletou amostras de basaltos revestidos com crostas de ferromanganês em diferentes profundidades e saturações de oxigênio, além de uma pedra-pomes que quase se assemelhavam a uma esponja.

“Nossa exploração desta área nunca antes pesquisada está ajudando os cientistas a examinar mais profundamente a vida nas encostas rochosas desses antigos e profundos montes submarinos”, afirma a organização, que está estudando comunidades microbianas nas rochas. “Esses estudos ajudarão a fornecer informações básicas sobre as comunidades vivas dos montes submarinos que podem informar as medidas de manejo e conservação."