O diagnóstico de ansiedade durante a gravidez aumenta o risco de parto prematuro, confirma um estudo realizado pela Associação Americana de Psicologia (American Psychological Association) e publicado no periódico especializado Health Psychology.
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Os autores aplicaram em 196 voluntárias questionários que avaliavam transtornos de ansiedade – algo que vai muito além das tensões e preocupações naturais durante a gestação – no primeiro e no terceiro trimestre de gravidez.
"A relação entre ansiedade e parto prematuro já é relativamente conhecida. Além disso, o estresse crônico e a depressão também podem se relacionar com desfechos negativos, como recém-nascido de baixo peso", afirma o ginecologista e obstetra Mariano Tamura, do Hospital Israelita Albert Einstein.
"No entanto, ainda não há comprovação dos mecanismos pelos quais a ansiedade pode contribuir para um parto prematuro. As possibilidades vão desde mudanças metabólicas e processos inflamatórios até comportamento e atitudes da gestante", complementa.
Durante o estudo, os pesquisadores utilizaram diferentes escalas para medir o grau de ansiedade generalizada. Eles também levaram em consideração o quadro normalmente relacionado à gravidez, que inclui preocupações sobre riscos e cuidados médicos, tipos e experiência de parto, bem como os cuidados com o recém-nascido.
No final, o maior risco de parto prematuro ocorreu entre as mulheres que sofriam de ansiedade ligada à gestação na reta final. Estudos anteriores já haviam sugerido que aproximadamente uma em cada quatro futuras mães tem sintomas elevados da doença.
"O ideal é que todos aqueles que atendem gestantes tenham um conhecimento básico do tema e que o pré-natal contemple esse tipo de atenção e acompanhamento desde o início, propondo medidas preventivas e alertando com delicadeza a importância do bem-estar físico, mental e emocional", diz Tamura.
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