Há cinco dias, Nilda Dias, que é faxineira, compartilhou em seu perfil nas redes sociais, a situação da sua casa, que foi atingida pela enchente, em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul. Ela, que é mãe de três, aparece com a água no peito. O semblante em seu rosto evidencia o sentimento de tristeza e desolamento ao ver o local quase que encoberto. Ao fundo, o marido parece caminhando enquanto se equilibra. Em outro momento, ele olha para a casa da família e leva as mãos à cabeça.
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Sem ao menos dizer uma palavra, o vídeo, que viralizou nas redes sociais [assista no fim da página], teve mais de 34 milhões de visualizações e emocionou as pessoas. "Gravei a situação pra enviar pra minha família, que não está aqui. Foi no pior momento, quando vimos nossa casa, pela segunda vez, sendo destruída pela água. Essa foi a segunda vez que perdemos tudo o que batalhamos pra conquistar, mas esa enchente foi surreal. Esse vídeo a água ainda estava num nível baixo, pois depois chegou ao telhado da minha casa", disse ela.
Nilda disse que, na quinta-feira à noite (2), quando a chuva teve início, decidiu erguer os móveis e ir para a casa de parentes. "Imaginei que fosse alagar, então fomos para a casa da minha sogra. No dia seguinte, voltamos pra ver como estava e ficamos desesperados ao ver não só a nossa situação, mas a de todo mundo. Não esperávamos que a água subisse tanto", disse.
Segundo ela, no momento em que o vídeo foi gravado, a água ainda não havia atingido o maior nível. "Estava subindo muito rápido. Chegamos a achar que não conseguiriamos sair", conta, revelando que a água ainda chegou ao telhado. A família conseguiu salvar alguns eletrodomésticos, mas todo o resto se perdeu. "Agradeço à Deus nesse momento ter uma cama pra dormir. Troquei móveis novos por doações, roupas minhas por roupas de outras pessoas que, com muito amor, me ajudaram, pois saímos sem nada. Minhas filhas choraram a perda das coisas delas e são apenas duas crianças pequenas", desabafou.
Nesta quarta-feira (8), a água baixou significativamente e Nilda mostrou como ficou a situação dentro da casa. "O meu bairro já está quase sem água. Ontem, ainda tinha um pouco, mas creio que hoje já estará sem água. Aqui, todos ficamos bem abalados, principalmente pelas crianças. A minha filha do meio, que tem 9 anos, chorou bastante. Hoje, nós estamos com mais esperança, porque estamos vendo muita solidariedade", finalizou ela, à CRESCER.
A família criou uma vaquinha online para ajudar na reconstrução.
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