Por Anny Meisler

Anny Meisler é mãe de três: Nick, Tom e Chiara, e fundadora ... ver mais

Anny Meisler: "Celebrem! A vida é muito boa"

"A verdade é que a gente pisca e os filhos estão enormes e eu sempre arrumo um jeitinho de festejar de uma forma diferente, encarando a beleza e suas particularidade para cada aniversariante da vez", diz a colunista


Vamos falar de festa de criança? Sou mãe de terceira viagem, mãe da criatividade, mãe da observação, mãe que gosta de festejar, de comemorar, celebrar, até quando estamos sem muitos motivos para sorrir. Sim, acontece.

Festa nunca é demais! — Foto: Foto: Pexels

Sou a favor de encontrar caminhos. Ser sociável é uma das habilidades sociais que foram potencializadas na minha infância — vocês vão entender aonde eu quero chegar com esse lance das festinhas.

Sou filha do Carnaval, ou seja, aquela garotinha que entre afetos e carinhos eram comemorados basicamente entre os familiares.

Lembro da minha avó materna dizendo: se você está respirando é porque a vida é boa demais, agradeça e vá para a rua distribuir o que você tem de melhor, para acabar com qualquer tipo de chateação. E lá ia eu ouvir "parabéns, querida" de qualquer um e voltava para casa contente. Simples, né? Aprendi a lição e arrastei para a vida adulta.

Assim, vamos nos transformando, a beleza da vida está justamente na chance de poder viver e, vai por mim, sempre temos uma chance para superar qualquer fraqueza, sermos pessoas melhores e mostrar nossa grandeza para esse mundão.

E o exemplo arrasta (guardaram essa frase?). Por isso sempre fui a favor das famosas festinhas —pequenas, médias ou grandes. Cada fase tem o seu momento de libertação e celebração.

A verdade é que a gente pisca e os filhos estão enormes e eu sempre arrumo um jeitinho de festejar de uma forma diferente, encarando a beleza e suas particularidade para cada aniversariante da vez.

Parece mais uma daquelas frases clichês de mãe, mas vai dizer que não é verdade?

E assim chegou o décimo aniversário do Nick, o primogênito louco por futebol. Não tinha muito jeito, ou o tema era futebol ou era futebol. Queríamos abordar a diferença de times e o respeito, reunir amigos. E bora lá colocar a mão na massa. Local escolhido: Maracanã!

De repente, estava eu olhando a grandeza do estádio, o sonho dos pais, do meu pai, do sogro trazendo orgulhoso os amigos para saborear o tour do Maraca, aquela expectativa... E foi então que percebi que não se tratava do aniversário do Nick.

Uma festa infantil, muitas vezes, é reflexo de desejos que existiam ao longo de nossa infância e na vida adulta, obviamente dentro de cada microuniverso que podemos construir e usufruir.

Como diria minha avó, desta vez fui ao estádio distribuir meus melhores sorrisos, mas desta vez resolvendo conflitos ali tão profundamente guardados.

Tudo que vivemos na nossa infância fica! Comportamentos que resultam de experiências – em outros termos, tudo o que a criança viveu até então determinará como ela se portará socialmente.

Celebrem! A vida é muito boa.

E depois me contem como foi.

Vamos falar?

Anny Meisler é mãe de três: Nick, Tom e Chiara, e fundadora da LZ Studio, LZ Mini e LZ Corporativo, todas empresas do segmento de mobiliário e decoração — Foto: Arquivo pessoal

Quer falar com a colunista? Escreva para crescer@edglobo.com.br

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