A história da terapeuta Caroline Harris-Grey, de 55 anos, parece até mesmo ter saído de um enredo de novela. Com apenas 10 dias de vida, ela foi abandonada em caixa de frutas, sem muitas informações sobre a sua família biológica. Apenas, cinco décadas depois, a britânica foi apresentada a seus irmãos biológicos em um encontro emocionante.
Caroline, que mora em Cambridgeshire, na Inglaterra, teve conhecimento das circunstâncias em que foi encontra quando ainda era uma adolescente. Seus pais, Jean e Adrian, contaram que a filha havia sido deixada em uma caixa no escritório de um hospital. "Como qualquer adolescente, eu estava passando por uma crise de identidade na época. Eu era amada e nunca fui tratada de forma diferente dos meus irmãos, mas, às vezes, eu me olhava no espelho e pensava: 'Eu não sei quem sou'. Então, descobri que era uma criança abandonada", ela relatou em entrevista ao tabloide inglês The Mirror.
![Caroline com a sua família paterna — Foto: Reprodução Mirror](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/P2sLI3UmpoJ1mcsUQifXnjwdmmU=/0x0:800x450/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/S/b/2bgARfRsioTfHDquYmlg/caroline-com-seu-familia-paterna.jpg)
Por muito tempo, a terapeuta se sentiu abandonada, mas, ao ter seu primeiro filho, conseguiu entender o estado que sua mãe biológica deveria estar para deixá-la. "Eu sei o amor que sentimos pelo nosso bebê, então, ela deveria estar desesperada, pobre mulher", a mãe desabafou. O nome de Caroline foi escolhido pela enfermeira que a encontrou no hospital e, logo depois, a menina foi encaminhada para um orfanato até ser adotada por Jean e Adrian e ganhar dois irmãos: Paul, hoje com 62 anos, e Duncan, de 60 anos.
Com 17 anos, a britânica se casou com o vendedor de carros, Dean, e, três anos depois, teve seu primeiro filho, Luke. "Isso me impactou profundamente", ela admitiu. "Luke nasceu prematuro e eu me lembro de ficar sentada ao lado da incubadora, torcendo para que ele conseguisse sobreviver. Essa situação me fez pensar que minha mãe biológica deveria estar desesperada para lutar contra esses sentimentos maternos", ela destacou.
![Caroline encontrou seus irmãos após 50 anos — Foto: Reprodução Mirror](https://cdn.statically.io/img/s2-crescer.glbimg.com/3-yVZwNlTeb8mK8tCRD-51xcBCg=/0x0:1200x900/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_19863d4200d245c3a2ff5b383f548bb6/internal_photos/bs/2024/G/s/KhJsb7RFqAMg3Ttxa9zw/coroline-encontrou-seus-irmaos-apos-50-anos.jpg)
Quando seu pai, Adrian, faleceu há sete ano, Caroline decidiu que era a hora de procurar por sua família biológica. Após algumas tentativas frustradas, ela contou sua história para o programa britânico Long Lost Family, que ajuda a conectar as pessoas com seus parentes distantes.
A partir das investigações, os produtores do programa conseguiram encontrar uma reportagem de jornal de 1968 com a manchete: "Menina bebê abandonada em hospital". A notícia deixou Caroline muito emocionada. "Pensei ter sido deixada sem roupa em uma caixa, mas dizia que eu estava vestida com um vestido branco, xale e cardigã e calçando botinhas verdes de tricô. Comecei a chorar. Não fui jogada como um lixo. Minha mãe me vestiu com amor e o fato de eu ter duas semanas mostrou que ela tentou. Ela deve ter me amado", afirmou a terapeuta.
O programa também conseguiu rastrear o pai biológico de Caroline. Ele se chamava Ray e tinha morrido de câncer em 2009, aos 64 anos. As investigações ainda revelaram que a terapeuta tinha um meio-irmão e uma meia-irmã por parte de pai que queriam conhecê-la. "Ter encontrado Ray teria sido maravilhoso, mas descobri que ele tinha filhos que queriam me ver foi incrível", disse ela.
O encontro da família aconteceu este ano em Brigton. Paul e Tina se reuniram com a irmã com a tia paterna, Gloria. "Eu me lembrou de olhar para eles e pensar 'Eu me pareço com alguém'". O pai de Caroline era bombeiro e engravidou a mãe dela após o término de um relacionamento. Depois, ele voltou para a antiga namorada e teve Paul e Tina, sem saber do nascimento de sua primogênita.
Agora, Caroline mantém contato regular com sua família biológica e planeja uma grande festa em setembro para que sua mãe, Jean, também possa conhecer seus novos parentes. Quanto a encontrar sua mãe biológica, a terapeuta ainda tem esperança. "Ela pode ver programa, mas se não quiser se manifestar, eu entendo. Conhecê-la seria a cereja do bolo, mas eu já conheci meus irmãos e descobri sobre meu pai biológico e estou realmente feliz com isso", declarou.