Prematuros
 

Por Crescer Online


Quando Shakina Rajendram entrou em trabalho de parto com apenas 21 semanas e 5 dias de gravidez, mais de quatro meses antes do esperado, os médicos disseram que seus bebês tinham "0% de chance de sobreviver" e que nada poderia ser feito para salvá-los. Entretanto, um ano depois do nascimento, os pequenos Adiah Laelynn e Adrial Luka Nadarajah, de Ontario, Canadá, celebraram seu primeiro aniversário no último sábado (4), como os gêmeos mais prematuros do mundo.

O recorde foi reconhecido pelo Guinness e superou em um dia o das gêmeas norte-americanas Keeley e Kambry Ewoldt, nascidas em 2018, 125 dias antes do esperado. Além disso, Adiah e Adrial formaram a dupla mais leve de prematuros a sobreviver, pesando juntos apenas 750 gramas – Adiah com 330 gramas e Adrial com 420.

Os gêmeos Adrial e Adiah, que completaram 1 ano no sábado (4)  — Foto: Reprodução/Guinness World Records
Os gêmeos Adrial e Adiah, que completaram 1 ano no sábado (4) — Foto: Reprodução/Guinness World Records

"Quando entrei em trabalho de parto, foram negadas aos bebês todas as medidas de suporte à vida no hospital em que fui internada", revelou a mãe. Os gêmeos "não eram viáveis", disseram os médicos. Essa era a segunda gestação de Shakina, que já havia perdido um bebê alguns meses antes, no mesmo hospital.

Naquele momento, então, ela lutava para que os gêmeos tivessem um desfecho diferente. Felizmente, antes que eles viessem ao mundo, Shakina foi transferida para o Hospital Monte Sinai, em Toronto, especializado em ressuscitar bebês nascidos a partir de 22 semanas – no Canadá, a maioria dos hospitais não tenta salvar prematuros nascidos antes do período de 24-26 semanas.

Mesmo com a transferência para uma unidade de terapia intensiva neonatal especializada, a situação de Shakina ainda era bastante complicada! Ela já estava no segundo dia de trabalho de parto, com 21 semanas e 6 dias de gestação, e os gêmeos poderiam nascer a qualquer momento. A mãe chegou a ser informada de que se isso acontecesse alguns minutos antes de completar 22 semanas, não haveria nada que os médicos pudessem fazer pelos seus bebês.

Meia hora antes da meia-noite, Shakina sentiu a bolsa estourar e ficou arrasada. “Achei que era isso”, lembrou. “Eles vão morrer e será por minha causa”, acreditou. Na verdade, a bolsa ainda não havia estourado. Depois de receber essa notícia e já exausta com todo o processo, Shakina adormeceu por alguns instantes. Ela acordou cerca de 15 minutos depois da meia-noite – desta vez a bolsa tinha se rompido mesmo. Apesar disso, como chegaram a completar a idade gestacional de 22 semanas e 0 dias, os gêmeos foram reanimados com sucesso!

A reviravolta na recuperação

Sobreviver ao parto foi a primeira batalha vencida por Adiah e Adrial na longa jornada que ainda tinham pela frente. Durante os quase seis meses que passaram internados, os bebês enfrentaram diversas complicações de saúde, como hemorragia cerebral, sepse e controle de fluidos. Na segunda semana após o nascimento, Adrial desenvolveu uma perfuração intestinal, que levou a uma infecção e a uma inflamação significativa em todo o corpo. Sua pele frágil sofria extensa descamação cada vez que o catéter precisava ser reparado.

“Vimos os bebês quase morrerem diante de nossos olhos muitas vezes”, declarou Shakina. Diante de todo esse sofrimento, ela e o marido, Kevin, foram questionados várias vezes se gostariam de desistir dos cuidados médicos. Mas se mantiveram firmes e determinados a salvar os filhos e a levá-los para casa. E eles conseguiram: após 161 dias na UTI neonatal, Adiah recebeu alta e, uma semana depois, foi a vez de Adrial. Ambos sa��ram do hospital sem tubos de respiração ou alimentação, contrariando todas as expectativas médicas.

Os dois seguem sendo monitorados por uma longa lista de especialistas – cardiologistas, pneumologistas, oftalmologistas, dermatologistas e hematologistas. "Adiah é uma bebê extremamente feliz e sociável, ela sorri o dia todo", descreve Shakina. Atualmente, a menina pesa cerca de 6 kg – dezoito vezes mais do que quando nasceu. Já Adrial retornou ao hospital duas vezes após a alta, porém agora está em casa e "progredindo bem". De acordo com a mãe, ele é "observador, atencioso e inteligente" e, assim como seus pais, o pequeno adora música.

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