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Kayden Traynor, que vive com a família em Edimburgo, na Escócia, era um menino saudável e muito esperto. Segundo sua mãe, Valerie, 34, ele era, inclusive, ótimo com números e tinha uma memória excepcional, guardando as datas de aniversários de todos. O pequeno também adorava cachorros e sabia tudo sobre eles. "Era um garoto muito ativo, divertido, extrovertido e alegre, como a maioria das crianças de 6 anos, subia nos brinquedos no parque, andava de bicicleta e patinete", diz a mãe, em entrevista ao The Sun. Só que um dia, o comportamento dele começou a mudar. 

+ Após ser diagnosticada com demência, menina de 4 anos está perdendo a memória

Kayden foi diagnosticado com demência infantil aos 6 anos (Foto: Reprodução/ Instagram)

Kayden foi diagnosticado com demência infantil aos 6 anos (Foto: Reprodução/ Instagram)

De acordo com Valerie, um pouco depois de o filho completar os 6 anos, ela começou a perceber que ele repetia as coisas, esquecia nomes e passava a falar só algumas palavras específicas. “Os humores e o comportamento também passaram a ser de muitos altos e baixos, ele podia ficar feliz em um minuto e começar a chorar no próximo", relata. 

No início, ela pensava que ele poderia ter Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), mas a família começou a comparar os sintomas de Kayden com os de um tio-avô de 80 anos, que tinha sido diagnosticado com demência. Os sinais eram muito parecidos. Ele começou a apresentar perda de memória, nas habilidades de mobilidade e a ter problemas de visão, além de convulsionar. “Meu tio George foi diagnosticado com demência alguns anos antes e quando você colocava meu tio e Kayden no mesmo quarto dava para perceber", afirma a mãe. 

Foram feitas várias investigações e, em 2016, os médicos descobriram que a criança tinha a doença de Batten, que é rara, genética e causa demência infantil. Neurodegenerativa, a enfermidade também provoca perda de visão, fala e mobilidade. 

“Quando a demência foi mencionada... É difícil descrever como você se sente. Quando você recebe um diagnóstico, só pensa 'o que faço com isso e para onde vou com isso?'", desabafa Valerie. Hoje, Kayden tem 13 anos e vive em uma cadeira de rodas. Ele não sabe mais falar "mamãe" e chama Valerie de Val. 

“Meu tio, que faleceu em 2021, parecia um garotão, animado com as coisas das crianças, aplaudindo e rindo ao mesmo tempo, mas sem falar", recorda a mãe.

Agora, ela cuida de Kayden em tempo integral. "Até hoje, é muito esmagador pensar em tudo como uma grande doença. Eu tenho que lidar com o que está acontecendo, mas você descobre que, uma vez que você começa a saber como lidar com algo, outra coisa aparece", afirma. Para Valerie, a família aprendeu a pensar de forma positiva, lidando com um coisa de cada vez.

Os irmãos de Kayden também foram testados para a condição genética. Kodie, 8 anos, carrega o gene e, se quiser ter filhos, precisará de aconselhamento genético, para saber se sua parceira também carrega algum gene que possa se manifestar. Já Kassidy, 2, não é afetada. 

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