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O risco de crianças terem casos graves ou morrerem por causa da covid-19 é extremamente baixo, segundo um levantamento de dados feito na Inglaterra. Números do National Child Mortality Database (NCMD) mostraram que as chances de os pequenos desenvolverem quadros severos severos da doença são pequenas, mesmo entre aqueles com comorbidades. 

Menino usando máscara  (Foto: Getty Images)

Menino usando máscara (Foto: Getty Images)

Os pesquisadores fizeram uma revisão clínica de todas as mortes de crianças na Inglaterra entre março de 2020 e fevereiro de 2021. O objetivo era identificar no banco de dados quantos menores de idade morreram por causa da covid-19 nesse período e quantos morreram por outros motivos, mas coincidentemente haviam testado positivo para o vírus. 

Nos primeiros 12 meses de pandemia na Inglaterra, apenas 25 menores de idade morreram por causa da covid-19. Desse total, 13 tinham neurodeficências complexas. Ainda que o risco geral seja baixo, os cientistas observaram que crianças com mais de 10 anos, de etnia negra e asiática, com doenças crônicas ou problemas de saúde pré-existentes estavam mais vulneráveis ao vírus. 

+ Covid parece ser mais grave em crianças negras, hispânicas e asiáticas, diz estudo

Atualmente, a estimativa é de que a Inglaterra tenha uma população de cerca de 12 milhões de crianças. Isso significa que a taxa de mortalidade infantil por causa da covid-19 é de 2 por milhão. 

Taxa de internação também é baixa

Os mesmos pesquisadores do Imperial College e das Universidades de York, Bristol e Liverpol também fizeram um outro estudo para entender a frequência com que crianças e adolescentes eram internados por causa do coronavírus. 

De março de 2020 a fevereiro de 2021, apenas 1,5% das internações infantis foram motivadas pela covid-19. Das 367.600 crianças hospitalizadas no país, apenas 5.800 testaram positivo para o vírus. Mais uma vez, os pesquisadores notaram que, ainda que os riscos de internação nessa faixa etária fossem pequenos, as crianças obesas, com doenças cardíacas ou neurológicas eram um pouco mais vulneráveis. 

Em entrevista à BBC, Elizabeth Whittaker, uma das autoras do estudo, disse que é encorajador que poucas crianças estejam dando entrada com quadros graves da doença nos hospital. "Embora nossos dados cubram até fevereiro de 2021, isso não mudou recentemente com a variante Delta. Esperamos que esses dados sejam tranquilizadores para as crianças e para as famílias."

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