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Vacinar os adultos é uma maneira de proteger também as crianças que ainda não foram vacinadas. É isso o que diz um estudo israelense publicado na revista científica Nature Medicine, na última quinta-feira (10). 

CDC recomenda vacina da Pfizer para crianças e adolescentes, nos EUA (Foto: Pexels)

Vacinar os adultos é uma maneira que proteger também as crianças que ainda não foram vacinadas, segundo estudo israelense (Foto: Pexels)

Segundo os pesquisadores, a vacinação em massa tem o "poder" de frear a pandemia de covid-19, porque ela ajuda a proteger, mesmo que indiretamente, os indivíduos que ainda não foram vacinados contra a doença. A cada aumento de 20% no número de adultos imunizados, a quantidade de adolescentes e crianças com teste positivo para o novo coronavírus caía pela metade. 

Para chegar a essa conclusão, os cientistas analisaram banco de dados de pessoas vacinadas e de pessoas com teste PCR positivo em Israel. O país começou a imunizar a população adulta em dezembro do ano passado. Eles encontraram uma relação de que, à medida que mais adultos recebiam as doses da vacina, o número de crianças diagnosticadas com covid-19 diminuia proporcionalmente. 

"A criança não é a maior transmissora da covid-19, não é quem mais adoece. O adulto estando vacinado, certamente vai proteger as crianças também. É o que a gente chama de proteção coletiva", explica a infectologista Isabella Ballalai, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). 

O estudo também surgeriu que, depois de vacinadas, quando as pessoas contraem o vírus, elas carregam uma carga viral mais baixa do que se não estivessem imunizadas. Ou seja, com isso, aos poucos a infecciosidade da covid-19 também tende a diminuir. 

"Ainda que a proteção observada seja animadora, mais estudos ainda são necessários para entender como e se as campanhas de vacinação podem sustentar a ideia de imunidade de rebanho e erradicação da doença", escreveram os autores. 

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