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Mãe e filha na quarentena (Foto: Getty Images)

(Foto: Getty Images)

Um novo estudo islandês revela que as crianças contribuem pouco para a disseminação do coronavírus. "Pesquisadores do Diretório Nacional de Saúde e genética deCODE, uma empresa de genômica humana, em Reykjavik, monitoraram 40 mil adultos e crianças no país que foram colocados em quarentena após serem potencialmente expostos ao vírus, usando rastreamento de contato e sequenciamento genético para rastrear ligações entre vários grupos de surtos", explica a National Geographic, que teve acesso exclusivo aos resultados da pesquisa.

Após essa análise, o estudo descobriu que as crianças com menos de 15 anos tinham cerca de metade das probabilidades de serem infectadas pelos adultos e apenas metade das probabilidades dos adultos de transmitirem o vírus à outras pessoas. Quase todas as transmissões de coronavírus para crianças vieram de adultos. “Eles podem e são infectados e transmitem para outras pessoas, mas o fazem com menos frequência do que os adultos”, disse Kári Stefánsson, presidente-executivo da deCODE.

A análise faz parte de uma recente onda de estudos em grande escala que apóiam a conclusão de que adultos infectados representam um perigo maior para as crianças do que crianças para os adultos. Os estudos podem ajudar a informar as autoridades que estão na dúvida sobre o fechamento presencial das escolas. Na última semana, os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças recomendaram que as escolas deveriam ser "as últimas a fecharem" e "as primeiras a reabrir". No Brasil, grupos de pediatras pedem a "reabertura segura" das escolas e defendem que as consequências do fechamento das escolas são maiores e piores do que o vírus.

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A Islândia nunca fechou suas escolas primárias, embora tenha fechado suas escolas de segundo grau no auge de primeiro aumento. Os dados da onda de setembro apóiam a ideia de que crianças mais novas têm menos probabilidade de adoecer ou infectar outras pessoas. Kári Stefánsson anunciou que está publicando os resultados em um jornal com revisão por pares, mas diz que o conjunto de dados meticuloso é conclusivo para a transmissão da Islândia. E adverte que, se tudo, exceto escolas e creches, fosse fechado, as crianças se tornariam uma das principais fontes de transmissão. Ele explica que, embora o risco individual seja baixo entre os jovens, as escolas ainda terão surtos.