• Dolores Orosco
Atualizado em
Mãe cansada  (Foto: Getty Images)

Mãe cansada (Foto: Getty Images)

Uma pesquisa publicada pelo periódico médico inglês Journal of Women’s Health apontou que, após o nascimento do bebê, 18% das mães de primeira viagem apresentam sintomas de ansiedade.

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Dentre elas, 35% sofrem de depressão pós-parto, e o pior: 21% não compartilham ou escondem o fato de seus médicos. Por culpa, vergonha ou por não entenderem o porquê de estarem nesse turbilhão emocional.

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Saiba mais sobre os distúrbios pós-parto:

DISFORIA PUERPERAL

O que é: conhecida como baby blues, é um quadro depressivo leve e transitório – pode durar de dez a 15 dias.

Sintomas: tristeza, irritação, perda de apetite. O choro vem fácil e há dificuldade para pegar no sono, apesar de todo o cansaço.

Quem tem mais chances de desenvolver: mulheres que não contam com apoio do parceiro, nem com a ajuda de familiares, e sentem-se desamparadas. Dificuldade para amamentar e culpa por não se sentir conectada ao bebê também podem desencadear.

Tratamento: não é medicamentoso por não ser uma psicopatologia. Mesmo assim, a mulher não pode ficar sem assistência e precisa se sentir acolhida: conversas francas com o obstetra, o olhar atento do pediatra também para a puérpera e suporte de pessoas próximas são essenciais. A mulher também deve aproveitar bem (o pouco) tempo livre para distrair a cabeça.

TRANSTORNO DE ANSIEDADE PÓS-PARTO

O que é: qual mãe nunca aproximou o dedo no nariz do recém-nascido adormecido para checar se ele está respirando? Até aí, normal. Mas, no caso desse distúrbio, a preocupação com a saúde da criança é exacerba- da a ponto de gerar pensamentos de morte e ataques de pânico.

Sintomas: o medo intenso de morrer ou de perder o bebê é tão grande que a mãe pode sentir falta de ar, dor no peito, tontura e coração acelerado.

Quem tem mais chances de desenvolver: as que experimentaram muita dificuldade para engravidar ou problemas graves durante a gestação.

Tratamento: medicamentoso e específico para lactantes, sob orientação psiquiátrica e obstétrica.

DEPRESSÃO PÓS-PARTO

O que é: depressão profunda, na qual a mãe se sente incapaz de cuidar do bebê, possui visão negativa da vida e pode até ter pensamentos de morte.

Sintomas: muito semelhantes aos do baby blues, porém, mais intensos e duradouros.

Quem tem mais chance de desenvolver: as que estão suscetíveis a diversos fatores genéticos, sociais e psicológicos. Mães que já têm um histórico de depressão anterior à gravidez ou que foram diagnosticadas com transtorno disfórico pré-menstrual – uma forma grave de TPM que atinge cerca de 5% de mulheres – estão no grupo de risco.

Tratamento: medicamentoso e específico para lactantes, sob orientação psiquiátrica obstétrica.


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