• Malu Echeverria
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menino; criança (Foto: Thinkstock)

(Foto: Thinkstock)

No primeiro ano de vida, o bebê aumenta 50% do comprimento que tinha ao nascer e triplica de peso, em média. A partir do segundo ano, embora continue a crescer, o ritmo diminui. E só ganha intensidade novamente na puberdade, quando acontece o chamado estirão. Mas se, a princípio, meninos e meninas crescem igualmente, o processo é um pouco diferente na adolescência.

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“No caso dos meninos, o estirão se inicia mais tarde, entre os 9 e 14 anos de idade”, explica Danielle Andreoni, endocrinologista do Hospital Israelita Albert Einstein (SP). Além do salto na estatura, outros sinais caracterizam essa fase. O primeiro deles é o crescimento dos órgãos genitais (testículos e pênis). Em seguida, começam a surgir pelos no púbis e nas axilas. Por último, a voz torna-se mais grossa. Além disso, os meninos tendem a ganhar mais massa muscular do que as meninas por influência do hormônio testosterona.

Cada etapa do estirão, de acordo com a especialista, dura em torno de nove meses e, no total, o processo termina após quatro anos. Mas vale lembrar que cada criança tem um ritmo, o que é influenciado por aspectos ambientais e genéticos. “Podemos observar isso facilmente em uma festa de 15 anos: há meninos que ainda parecem crianças, enquanto outros já são rapazes. E todos estão dentro da normalidade”, exemplifica a endocrinologista. Por isso, os pais devem conter a ansiedade, assim como tranquilizar os que “demoram” a crescer.

Quando algo não vai bem

Ainda que o estirão se inicie mais tarde para alguns meninos, obviamente, eles continuarão a ganhar peso e estatura a cada ano. Quem vai perceber se há algo errado é o pediatra, pois é ele quem faz o registro da curva de crescimento da criança desde o nascimento. “Caso o médico avalie, de acordo com as características genéticas e estilo de vida, que o desenvolvimento está abaixo ou além do esperado, irá solicitar alguns exames específicos para comprovar a suspeita”, diz a especialista. Apesar de não haver estatísticas nacionais, evidências médicas mostram que o problema mais comum é a puberdade precoce, ou seja, quando o estirão começa antes da hora.

A investigação abrange testes laboratoriais, como exames de sangue - para descobrir se a criança tem anemia ou problemas na tireoide -, e de imagem (raio X da idade óssea). Daí a importância de consultar o pediatra regularmente e não apenas quando a criança estiver doente. Se for o caso, o médico irá indicar um acompanhamento com endocrinologista para concluir o diagnóstico e iniciar o tratamento necessário.

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