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Um saco plástico salvou a vida de Pace Galbraith, um dos menores recém-nascidos da Grã-Bretanha. Prematuro extremo, ele queria nascer até antes, mas, sua mãe, Bella, e os médicos que a atenderam, conseguiram segurar com medicamentos e repouso até a 25ª semana, quando precisaram realizar uma cesárea de emergência. Mesmo assim, ele acabara de cruzar a linha do que os especialistas consideram viável para um bebê prematuro. A cirurgia aconteceu no dia 11 de março.

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Pace foi salvo por um saco plástico (Foto: Reprodução/ Metro UK)

Pace foi salvo por um saco plástico (Foto: Reprodução/ Metro UK)

Como era muito pequeno e imaturo, ainda não tinha se desenvolvido completamente e seu corpo minúsculo não era capaz de regular sozinho sua temperatura. Por isso, o bebê foi colocado em um saco plástico, que ajudava a manter seu minúsculo corpo aquecido. Como ele nasceu no Hospital de Bristol e estava sob cuidados da UTI neonatal, era um saco específico para essa finalidade. No entanto, os médicos explicaram aos pais, Bella e Paul, que, se o parto tivesse acontecido em casa, um saco plástico comum ajudaria.

Bella, que tem outros três filhos, conta que já passou pela experiência de ter um prematuro antes, mas não tão extremo. “Havia uma chance de um parto prematuro, já que meu filho de 12 anos nasceu dez semanas antes do previso”, disse ela, ao Metro UK. É uma experiência completamente diferente. Quando entrei na maternidade, já estava com 2 cm de dilatação, então ele estava desesperado para sair”, lembra.

Quando Pace nasceu, os médicos tiveram que fazer manobras por cinco minutos para ajudá-lo respirar. Mesmo com os medicamentos que a mãe já estava tomando para estimular o desenvolvimento dos pulmões, os órgãos eram ainda muito imaturos.

Os pais, Bella e Paul, pediram ajuda com os gastos (Foto: Reprodução/ Metro UK)

Os pais, Bella e Paul, pediram ajuda com os gastos (Foto: Reprodução/ Metro UK)

“A primeira vez em que o abraçamos foi quando ele tinha uma semana. Agora, podemos abraçar mais. Acho que provavelmente já o pegamos no colo umas dez vezes, em quase dois meses. É adorável, mas também estressante, porque você fica constantemente verificando os monitores dos níveis cardíacos”, diz Bella. "Ele quase cabe na sua mão, com uma perninha pendurada”, relata.

A casa da família fica a 110 quilômetros de distância do hospital e, como eles têm outros três filhos, precisam ficar indo e vindo do hospital quase diariamente. Por isso, os pais criaram uma página no GoFundMe, para tentar arrecadar fundos para colaborar no financiamento dessas viagens. “Ter que ir e voltar, além de pagar o aluguel, é uma tensão. Temos duas filhas e um filho. Obviamente, temos que dividir nosso tempo entre Pace e as crianças”, diz Paul, o pai. “É muito estresse e muito combustível. Isso meio que aconteceu no momento de alta dos combustíveis, quando os preços dispararam. Encher o tanque agora é uma quantia ridícula de dinheiro e está nos custando uma fortuna. Financeiramente, estamos lutando porque Bella tinha começado um novo emprego como recepcionista bem quando engravidou.Eu estava pronto para começar meu trabalho como agente penitenciário em 7 de março, e foi nesse dia que ela me acordou às duas e meia da manhã e disse que o bebê estava chegando”, aponta.

A previsão é de que o pequeno Pace possa ir para casa só  no dia 22 de junho, que seria o dia previsto para o parto a termo.

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