• Crescer
Atualizado em
Grávida que fumava 10 cigarros por dia faz alerta (Foto: The Sun)

Grávida que fumava 10 cigarros por dia faz alerta (Foto: The Sun)

Gemma Tucker, 40, começou a fumar aos 13 anos de idade e não demorou muito para ficar viciada em nicotina. Aos 20, engravidou pela primeira vez. Na época, ela mal poderia imaginar os perigos do cigarro para a vida de um bebê. “Eu sabia que fumar não era o melhor a fazer durante a gravidez, mas não havia regras rígidas e nunca tive um médico ou parteira me dizendo para parar de fumar”, explicou a inglesa, ao The Sun.

Ao longo dos nove meses de gestação, Gemma seguiu com a sua rotina normalmente, o que incluía fumar cerca de dez cigarros por dia. Quando a primeira filha, Tiger-Lily, nasceu, ela era realmente menor que os outros bebês, mas nada alarmante. "Não houve pressão para desistir. Ninguém me alertou, então, continuei fumando normalmente durante minhas duas primeiras gestações”, relembra.

Hoje, depois de 14 anos, todas as crianças estão saudáveis! (Foto: The Sun)

Hoje, depois de 14 anos, todas as crianças estão saudáveis! (Foto: The Sun)

Seis anos depois, Gemma passou por uma complicação na segunda gravidez. O cigarro prejudicou o funcionamento da placenta, o que fez com que o bebê, aos poucos, parasse de respirar. Os médicos rapidamente a levaram para uma cesárea de emergência, mas a frequência cardíaca do bebê não parava de cair. Dayne precisou ser ressuscitado após o nascimento.

“O nascimento de Dayne me assustou. Pensei em parar de fumar porque quase perdi meu filho”, relembra. Quando descobri que estava grávida de Heidi, minha terceira filha, comecei a reduzir o uso e achei extremamente difícil parar de vez, mas sofria de fortes enjoos matinais que me ajudaram”, relembra. Já na última gravidez, a da filha caçula, os cigarros já não faziam mais parte da sua rotina.

Gemma diz que se arrepende de ter fumado durante as duas primeiras gestações, mas sem o conhecimento do mal que poderia estar fazendo para os bebês, era difícil. "Me disseram que não devia ser mãe, mas todos cometem erros, sejam grandes ou pequenos. Minha experiência me ensinou muito e me levou a encorajar as pessoas a não fumar durante a gravidez, porque eu testemunhei os danos que isso pode causar”.

OS EFEITOS DO CIGARRO NA GRAVIDEZ

Fumar durante a gestação causa má formação placentária e aumenta a chance de o bebê nascer antes do tempo e com baixo peso. Para a mulher, o risco é de ter trombose venosa profunda – o que pode levar à morte.

Uma pesquisa das universidades de Durham e Lancaster, no Reino Unido, já até revelou que os efeitos nocivos do fumo durante a gravidez podem ser vistos no rosto do bebê por meio de ultrassom 4D. Observando as imagens, os pesquisadores descobriram que os fetos das fumantes tocavam na própria boca um número de vezes significantemente maior, em comparação com os das mulheres que não fumam. Os cientistas acreditam que isso acontece porque, quando a mulher fuma, o sistema nervoso central do feto não se desenvolve como deveria – e essa parte é justamente a responsável por controlar os movimentos da face e do corpo. 

FUMO PASSIVO TAMBÉM FAZ MAL
É importante lembrar ainda que, além de o fumo direto ser prejudicial, ter fumantes em casa também pode interferir na saúde do bebê. O fumante passivo corre, na verdade, mais riscos do que o ativo, já que a fumaça do cigarro contém concentrações maiores de nicotina e outras substâncias tóxicas em relação à tragada dada pelo fumante. As substâncias não se dissipam com o ar, pelo contrário, elas permanecem na pele, nas roupas, no cabelo e podem ser passadas para as outras pessoas.

As mulheres expostas à fumaça do tabaco têm ainda risco aumentado de complicações na gravidez, incluindo aborto espontâneo, morte fetal e gravidez ectópica (fora da cavidade uterina). Para cada complicação da gestação, o risco varia de 17% a 61% em mulheres expostas ao cigarro, seja durante a infância, em casa ou no trabalho.

Genny e sua filha mais nova, Heide (Foto: The Sun)

Gemma e sua filha mais nova, Heidi (Foto: The Sun)