• Mariane Reghin com Vanessa Lima
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DIU de cobre tem 99,3% de eficácia  (Foto: Reprodução/Thinkstock)

DIU de cobre tem 99,3% de eficácia (Foto: Reprodução/Thinkstock)

O DIU – ou Dispositivo Intra-Uterino - de cobre está disponível gratuitamente para as mulheres nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do Sistema Único de Saúde (SUS) em todos os estados brasileiros desde o ano 2000. Ainda assim, o método contraceptivo, que é o mais usado do mundo, ainda não é muito popular no Brasil – apenas 1,9% das mulheres em idade fértil utilizam o dispositivo.

Para mudar isso, em março deste ano, o Ministério da Saúde (MS) anunciou a ampliação do acesso ao DIU de cobre nas maternidades brasileiras atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para uso no período pós-parto e após aborto espontâneo ou induzido. A medida garante os direitos sexuais e reprodutivos da mulher e possibilita que ela possa ter alta já usando um método seguro de alta eficácia e longa duração. Segundo a pesquisa “Nascer no Brasil 2014”, 55% das gestações não são planejadas e esse percentual chega a 66% nas adolescentes.

O processo de aprimoramento prático na inserção do DIU pós-parto e pós-abortamento no SUS teve início em Goiânia (GO) no início de agosto. De acordo com o MS, a solicitação dos métodos contraceptivos é feita de forma ascendente, ou seja, os estados e municípios solicitam o quantitativo necessário de cada método contraceptivo e a compra é centralizada e realizada pelo órgão.

Em 2015, foram distribuídas 522.103 unidades do dispositivo intrauterino nos almoxarifados dos estados, capitais e municípios brasileiros com população maior de 500 mil habitantes. Até 2018, serão investidos mais de R$ 12 milhões na oferta do DIU no SUS e a expectativa é que o uso do aumente 10% até 2020.

Com 170 milhões de usuárias – 60 milhões a mais do que a pílula anticoncepcional –, o DIU é o método contraceptivo reversível mais usado no mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Por ser um método de longa duração, o DIU é considerado um dos anticoncepcionais mais eficazes – com índice de falha que varia de 0,5 a 1%, conforme estudo realizado pela Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO).

Além do DIU, o SUS oferece algumas opções de métodos contraceptivos: pílula combinada, anticoncepção de emergência, minipílula, anticoncepcional injetável mensal e trimestral, e diafragma, assim como preservativo feminino e masculino.

Fontes: Ministério da Saúde e Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia (FEBRASGO)

Rodapé Instagram OK (Foto: Crescer/ Editora Globo)

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