• Sabrina Ongaratto
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Quando deu à luz seu primogênito, a mãe de quatro Jenny Souza, 25 anos, de Balneário Piçarras, Santa Catarina, achou que seu parto havia sido muito rápido. No entanto, os três seguintes conseguiram se superar sequencialmente. "Todos foram partos normais e muito tranquilos, sem complicações, mas foram todos rápidos — graças a Deus (risos). Meu primogênito, Leonardo, 7 anos, foi o único que nasceu na sala de parto", contou.

A segunda, Maria, 5 anos, nasceu na sala de triagem. A terceira, Sophia, 3 anos, não chegou a tempo no hospital e nasceu em casa. Já no nascimento do quarto bebê, Beatriz, hoje com 5 meses, Jenny não contou com o auxílio de ninguém. "Fiz meu próprio parto, sozinha em casa. Foi a melhor experiência da minha vida", garantiu. 

Ela compartilhou a experiência nas redes sociais e o vídeo com as imagens acabaram viralizando. "Muitas mães me perguntam sobre a experiência do meu parto. É a segunda vez que ganho bebê em casa", disse. Em depoimento à CRESCER, ela relembrou o nascimento de cada um dos seus filhos. Confira!

Após fazer o parto sozinha, Jenny chegou a tirar uma selfie no espelho (Foto: Arquivo pessoal)

Após fazer o parto sozinha, Jenny chegou a tirar uma selfie no espelho (Foto: Arquivo pessoal)

"Todos foram partos normais e muito tranquilos, sem complicações, mas foram todos rápidos — graças a Deus (risos). Meu primogênito, Leonardo, 7 anos, foi o único que nasceu na sala de parto. A gente estava em casa, minha bolsa estourou, meu marido ligou para a ambulância e, quando eles chegaram, fomos levados para a maternidade. Lá, assim que passei pela triagem, entrei em trabalho de parto e meu filho nasceu. 

Com minha segunda filha, Maria, 5 anos, foi ainda mais rápido. Eu entrei em trabalho de parto, meu marido já ligou para a ambulância, mas, assim que chegamos na maternidade, ainda na sala de triagem, ela nasceu. Já com a minha terceira filha, Sophia, 3 anos, não deu tempo de ir ao hospital, ela nasceu em casa. Meu marido estava tomando banho para ir para o trabalho e, nesse momento, minha bolsa estourou. Em seguida, já começou a escorrer sangue pela minha perna, então, chamei meu esposo. Lembro que ele olhou para mim apavorado e chamou a ambulância.

Enquanto aguardávamos, ele saiu correndo em direção ao postinho do meu bairro para pedir orientações para um profissional de saúde, mas, quando voltou, eu já estava com ela nos braços. Foi super rápido! Ele tomou um susto, quase desmaiou, mas foi superemocionante! (risos) Depois, atravessamos a rua com cuidado, fomos até a casa da mãe de criação dele e aguardamos a ambulância. De lá, fomos levados para o pronto atendimento, onde tiraram a placenta, fizeram a limpeza, cortaram o cordão umbilical e nos encaminharam para uma maternidade. Como foi tudo muito rápido, eu não tenho nenhuma foto no momento do nascimento da Sophia. Mas, apesar do susto, foi tranquilo e um momento marcante pra minha família.

E o quarto parto — o segundo em casa —, foi da Beatriz. Ela nasceu em 22 de janeiro, acabou de completar cinco meses, e foi algo que aconteceu naturalmente. Eu já tinha pensado que ela poderia nascer a qualquer momento, mas não foi planejado tê-la em casa. Nesse dia, meu esposo e eu tínhamos combinado de levar as crianças ao parquinho, brincar com elas e ter um lazer em família. Porém, chegou na hora, decidi ficar em casa para organizar as coisas e também porque eu não estava bem psicologicamente. Na gestação, passamos por um momento delicado, que foi a perda da avó dele, que é a mãe de criação. Foi um período de luto. Eu me emociono só de lembrar.

Então, ele saiu com os nossos filhos depois do almoço e eu fiquei em casa, sozinha. Fiz minha rotina normalmente: limpei a casa, fiz comida, lavei roupa e fui tomar um banho. Nesse período, a bolsa estourou. Me sequei rapidinho, coloquei um vestido, fui pra fora de casa, recolhi a roupa do varal, coloquei em cima da cama da minha filha, peguei o celular no meu quarto, liguei pra ambulância e estava em contato com eles. Nesse momento, senti uma forte cólica, uma dor suportável e desliguei o telefone. Foi quando entrei em trabalho de parto. Me deitei na cama, tava sentindo ela já saindo, só dei um empurrãozinho e ela nasceu. Mantive a calma o tempo todo. Enquanto eu aguardava a ambulância, fiz um vídeo da bebê, liguei para os meus parentes e meu sogro chegou. Assim que me viu, eu estava em pé, na porta, com ela nos braços, e ele disse: 'Nossa, nunca vi algo assim'. (risos)

Meu marido tinha esquecido o celular em casa. Por isso não entrei em contato com ele. Quando ele chegou em casa, eu já estava no pronto atendimento. Consegui registrar o momento, pois, como já tinha tido a primeira experiência de ganhar em casa, foi um susto, mas mais leve do que a primeira vez. Por mais que estivesse sozinha no momento do parto, senti uma força surreal de Deus presente o tempo todo. Uma tranquilidade que não sei explicar. Fiz meu próprio parto, sozinha em casa, e foi a melhor experiência da minha vida."

À esquerda, Jenny grávida de Beatriz e, à direita, com a menina em seus braços (Foto: Reprodução/Instagram)

À esquerda, Jenny grávida de Beatriz e, à direita, com a menina em seus braços (Foto: Reprodução/Instagram)

Jenny, o marido e os três filhos mais velhos (Foto: Reprodução/Instagram)

Jenny, o marido e os três filhos mais velhos do casal (Foto: Reprodução/Instagram)