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Pessoas com um cônjuge feliz vivem mais (Foto: Thinkstock)

Seu companheiro(a) é feliz? Você é feliz? Uma nova pesquisa realizada pela Universidade de Tilburg, na Holanda, sugere que "conjuge feliz é sinônimo de vida longa". Achou estranho? A gente explica! O estudo descobriu que as pessoas que estavam felizes em seu casamento eram menos propensas a morrer dentro de um período de oito anos. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram 4.374 casais dos Estados Unidos com mais de 50 anos. Cerca de 99,5% dos participantes eram heterossexuais. Todos eles foram convidados a avaliar o quanto concordavam com declarações como: "Estou satisfeito com a minha vida", em uma escala de um a dez. Eles também classificaram o quanto eles podem se abrir para o parceiro e confiar neles em uma escala de um para quatro. 

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Os mais de 4 mil casais foram monitorados durante oito anos. Após esse período, os cientistas constataram que 16% dos participantes morreram. Os resultados - publicados na revista Psychological Science - revelaram que essas fatalidades afetaram, principalmente, aqueles que relataram um relacionamento ruim e insatisfação com a vida. O estudo revelou ainda que os parceiros dos falecidos também eram mais propensos à baixa satisfação com a vida e a morrer durante o período de oito anos.

Já aqueles que eram felizes em seu relacionamento tinham uma maior tendência a serem a serem ativos, o que pode explicar o menor risco de morte prematura. "Se o seu parceiro está deprimido e quer passar a noite comendo batatas fritas na frente da TV - é assim que a noite provavelmente vai acabar", disse Olga Stavrova, do departamento de psicologia social e líder do estudo. "Os dados mostram que a satisfação com a vida do cônjuge estava associada à mortalidade, independentemente das características socioeconômicas e demográficas dos indivíduos, ou do seu estado de saúde física", explica.

Os pesquisadores acreditam que o estudo poderia ajudar as pessoas a escolher o que procurar no outro. "Esta pesquisa pode ter implicações para questões como quais atributos devemos prestar atenção ao selecionar nosso cônjuge ou parceiro", disse Olga. "O mais importante é que tem o potencial de ampliar nossa compreensão sobre o que constitui o ambiente social dos indivíduos, ao incluir a personalidade e o bem-estar dos indivíduos próximos", finaliza. Os cientistas esperam que estudos futuros incluam grupos maiores de casais de fora dos Estados Unidos para saber se as conclusões serão as mesmas.