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A família adotou cinco crianças, quatro são albinas e uma ter o nervo de um dos braços danificado (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

A família adotou cinco crianças, quatro são albinas e uma ter o nervo de um dos braços danificado (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

A vida da norte-americana Elizabeth Grabowski já era um sonho. Ela e o marido tinham bons empregos, uma boa casa, dois carros, dois filhos. O que mais eles poderiam desejar? Algum tempo depois, quando os meninos já estavam com 4 e 6 anos, o caal decidiu que, sim, queria mais. Foi em 2005 que eles começaram a partir em busca do sonho da adoção. Eles deram entrada em alguns papéis e esperaram, esperaram, esperaram...Três anos se passaram e eles não conseguiram. 

Foi então que pensaram em adotar uma criança com necessidades especiais. Cinco anos depois que eles deram entrada no processo, em 2010, algo finalmente aconteceu. "O arquivo de uma menininha doce apareceu no nosso e-mail. Muito empolgados, abrimos o anexo. Ali, na nossa frente, estava nossa nova filha. Ela não era, de jeito nenhum, o que imaginávamos nos últimos cinco anos. Ela era uma garotinha fofa, de olhos azuis e cabelos platinados. Nossa pequena tinha uma condição médica muito visível, albinismo, e nos apaixonamos por ela naquele instante", contou, em depoimento ao site Love what matters. Eles foram até a China para buscar Lily, a nova integrante da família.

Lily (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Lily (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Um mês depois, o casal decidiu adotar mais uma criança do programa de adoção de crianças com necessidades especiais. "Aprendemos a enxergar além do diagnóstico e ver o coração da criança", disse. Eles, então, foram à China novamente para buscar Mae, uma menina pequena, de olhos e cabelos castanhos, com um dano em um nervo do braço direito, que limita sua funcionalidade. 

Mae (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Mae (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

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Mas o casal não parou por aí. Eles, então, adotaram Natahaniel, um menino de 3 anos, também com albinismo. Não foi nada fácil. "O pulo de três crianças para cinco foi um desafio. Amávamos nossos filhos, mas o enrosco era real. Vivíamos em uma exaustão com duas crianças de dois anos e uma de 4, que mais parecia ter 2. Sem mencionar nossos meninos biológicos, que também nos mantinham ocupados. Decidimos que nossa família estava completa. Nossos corações estavam cheios", disse Elizabeth, antes de saber que havia muito mais pela frente. 

Nathanael (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Nathanael (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Passado o furacão, os dois se sentiram prontos para começar mais uma jornada. Eles foram, então, em busca de outra criança albina, uma condição com a qual já se sentiam confortáveis. "Três dias depois, encontramos uma menina de 5 anos com albinismo", lembra. A história de Kaelyn era mais complicada. Ela foi abandonada pelos pais e viveu os primeiros 4 anos da sua vida sendo negligenciada em um orfanato. "Aos 4 anos, ela não conseguia mastigar a comida, fazer sons ou deixar as fraldas. Nos disseram que ela nem andava como uma criança normal da idade dela", diz a mãe. Eles toparam cuidar dela e amá-la, inserindo-a na família, que já tinha crescido bastante. 

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Kaelyn (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Kaelyn (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Um ano depois, eles adotaram mais uma menina albina, Emily. "A vida com quatro crianças albinas tem sido uma aventura e tanto. Albinismo é uma condição genética rara, que atinge 1 em cada 17 mil crianças e causa falta de pigmentação no cabelo, na pele e nos olhos. É por isso que nossos lindos filhos chineses são brancos e têm olhos azuis", explica. Eles também têm dificuldades para enxergar. 

Emily (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

Emily (Foto: Reprodução/Instagram Sweet Nectar Society)

A mãe contou ainda que eles já passarem por situações complicadas com as pessoas. Quando eles saem juntos, já tiveram que lidar com estranhos tocando o cabelo das crianças sem pedir e até tirando selfies! Por outro lado, eles também ouvem comentários bons, sobre como a família deles é incrível. "Algumas pessoas dizem que somos santos pelo que fizemos. Estamos longe disso. Lutamos todos os dias para ser os pais que nossas crianças precisam. Falhamos muitas vezes. Mas, ainda bem, que podemos levantar de manhã e ter a oportunidade de tentar de novo, de amar essas crianças que foram colocadas em nossas vidas, encorajá-las a serem quem elas podem ser e ajudá-las a realizar seus sonhos. Somos abençoados!", conclui. 

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