• Aline Dini
Atualizado em
Trocar as fraldas nos momentos certos evita assaduras (Foto: Thinkstock)

Trocar as fraldas nos momentos certos evita assaduras (Foto: Thinkstock)

Diante de tantos casos assustadores de abuso sexual infantil o melhor que os pais podem fazer por seus filhos é conversar sobre o corpo da criança, explicando que ninguém pode toca-las sem que haja autorização para isso. Também chamada de "cultura do consentimento", essa ideia de permissão para ter acesso ao seu corpo ganha voz à medida em que os direitos e desejo das crianças são assuntos cada vez mais em pauta.

Parte disso é resultado da criação do Estatuto da Criança e do Adolescente, que garante por lei os direitos dos pequenos. Além disso, aquela ideia de que criança "não tem querer" fica cada vez mais ultrapassada à medida em que a disciplina positiva ganha espaço. A ideia, no entanto, não é fazer dos pais servos dos filhos, mas entendê-los como indivíduos, respeitando-os. 

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Mas a partir de que idade você pode ensinar sobre o consentimento ao seu filho? A educadora de sexualidade Deanna Carson, membro da Aliança Nacional de Saúde LGBTIQ, da Sociedade Australiana de Sexólogos e da Associação Nacional de Palestrantes da Austrália, disse durante um evento corporativo na Austrália que desde que seu filho é um bebê você já pode pedir consentimento para trocar suas fraldas.
Segundo ela, os pais que pedem permissão antes de trocar a fralda do bebê reforçam a ideia de consentimento nas crianças mais cedo. “Trabalhamos com os pais desde o nascimento”, acrescentou.” O site inglês The Western Journal compartilhou parte da fala do especialista e disse que os comentários que ele recebeu no Twitter zombavam do que havia dito.

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Durante a palestra, Carson disse que não se trata de esperar que o bebê autorize ou não que você troque a fralda. Trata-se de que o simples fato de fazer isso significa que você entende o bebê como um indivíduo que tem vontades e deve ser respeitado. "É claro que um bebê não vai responder "sim, mãe eu adoraria ter minha fralda trocada",  mas se você deixar um espaço e esperar pela linguagem corporal e pelo contato visual, então você estará deixando a criança saber que a sua resposta é importante", disse.

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