• Simone Tinti
Atualizado em
Abuso infantil (Foto: Thinkstock)

Nesta semana, uma das notícias mais comentadas na mídia foi sobre um caso de pedofilia, envolvendo um ex-BBB. Se o assunto já costuma deixar pais e mães de orelha em pé todos os dias, quando há algum acontecimento sob os holofotes, a preocupação triplica. Coincidentemente, nesta quarta-feira, 18 de maio, é o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, uma data para refletir de que maneira podemos proteger as crianças da pedofilia. Mas, afinal, há alguma maneira de identificar e combater o abuso?

É possível, sim, tomar alguns cuidados. “Não há um perfil do agressor, que pode ser alguém da própria família, e nem do agredido, que pode ser de várias idades e de diferentes classes sociais”, diz Daniela Pedroso, psicóloga do Hospital Pérola Byington. E reforça: “A principal atitude que as mães devem ter é conversar muito com a criança e, assim, criar uma relação de confiança com ela”, afirma.

9 maneiras de proteger seu filho da pedofilia


Confira as orientações de Daniela Pedroso, psicóloga do Hospital Pérola Byington:

1. Explique que o corpo da criança é só dela e que ninguém tem o direito de mexer nele. Deixe claro que, se qualquer algum adulto tentar fazer algo estranho com ela, você precisa saber.

2. O agressor, na maioria dos casos, é um conhecido. Se o seu filho reclamar que não gosta de alguém com quem vocês convivam, tente entender o motivo. “Muitas vezes, pode não ser uma fantasia”, diz Daniela.

3. Ainda que a maior parte dos casos seja praticada por pessoas conhecidas, é importante manter a orientação de que seu filho não deve falar com estranhos.

4. Uma das maneiras de aproximação dos agressores é a internet. Por isso, se o seu filho tem um perfil em alguma rede social ou usa serviços de troca de mensagens, não deixe os dados liberados para quem não é amigo e não coloque muitas fotos.

5. Converse com seu filho sobre o uso da internet. Se precisar, ative filtros de segurança no computador.

6. Fique sempre por perto quando seu filho estiver navegando e saiba quais são os sites que ele visita. Se for necessário, verifique o histórico com alguma frequência.

7. Fique atento ao comportamento de seu filho. Mudanças bruscas, apesar de não comprovarem que algo de errado está acontecendo, podem representar fortes indícios. Voltar a fazer xixi na cama, ter brincadeiras violentas com bonecas e medo de ficar sozinho com adultos, apresentar comportamento mais “sexualizado” e problemas na escola são alguns destes sinais.

8. Ensine seu filho a nomear as partes do corpo corretamente e diga quais delas não devem ser tocadas por outras pessoas.

9. Acredite no seu filho, se ele disser que está sendo vítima de abuso. Criar uma relação de confiança é fundamental.

Denuncie!

Se souber de algum caso de abuso sexual infantil, você pode fazer a denúncia pelo Disque 100. De acordo com uma campanha divulgada na internet pela Fundação Abrinq, só em 2014, foram 24 mil denúncias de violência secual contra crianças e adolescentes. Desse tota, cerca de 19 mil foram de abuso e 5 mil de exploração sexual. Nem sempre é fácil tocar no assunto ou até mesmo admitir que acontece. A omissão facilita a vida do agressor e permite que os casos continuem acontecendo.

Para estimular as pessoas a denunciarem os casos, há várias campanhas nas redes sociais. Organizações e grupos têm usado as hashtags #NãoFecheosOlhos, #FaçaBonito e #Disque100 ao fazer o alerta. 

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