• Juliana Malacarne
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Bernardo no berço com o protetor que provocou o acidente (Foto: Reprodução Facebook)

Bernardo no berço com o protetor que provocou o acidente (Foto: Reprodução Facebook)

Não há dúvidas de que os protetores de berço são lindos, mas podem ser muito mais perigosos do que parecem à primeira vista. Foi isso que descobriu a empreendedora, Andressa Serafim, 27 anos, depois de tomar um susto na semana passada ao ver o filho Bernardo, 3 meses, sufocando por causa de um produto desse tipo.

Em entrevista à Crescer, ela afirma que comprou o protetor de berço em formato de trança pensando na segurança do bebê. “É estranho pensar nisso depois que meu bebê quase sufocou, mas comprei o produto para impedir que os pés e mãos do Bernardo ficassem presos nas grades do berço e também porque achei o modelo bonito e diferente”, explicou. O produto adquirido por Andressa fica solto em cima do colchão e não há maneira de fixá-lo nas grades.

Na última sexta (14), ela colocou o protetor no berço em que Bernardo estava deitado de barriga para cima e foi para cozinha por alguns instantes. “Estranhei que estava tudo muito em silêncio. Devo ter ficado fora no quarto, no máximo, por 4 minutos, porque logo senti que algo não estava certo. Quando voltei para ver o Bernardo, encontrei ele meio virado com a cabeça debaixo da trança. O protetor é pesado e jamais imaginei que o Bernardo conseguiria entrar debaixo dele, mas ele foi rolando e não conseguia mais sair”, contou.

Imediatamente, Andressa retirou o objeto e pegou o bebê no colo. “O Bernardo já estava roxinho”, lembra, emocionada. “Estava em casa só com meu filho mais velho, de 4 anos. Cai no choro, fiquei muito desesperada, demorei horas para voltar ao normal. Coração apertadíssimo. Tenho certeza que se tivesse demorado mais um pouco perderia meu filho por causa de um protetor de berço”.

Depois do susto, Andressa decidiu fazer um post de alerta para outras mães que planejam adquirir o produto. “Jamais comprem protetores de berço. Eu achei que seria seguro porque meu bebê tem apenas três meses e meu filho mais velho só conseguiu virar com facilidade aos 6 meses, mas estava enganada. As crianças nos surpreendem. É melhor que o bebê prenda o pé na grade, chore e te avise que há algo errado do que o silêncio que ficou enquanto meu filho estava sufocando. Foi desesperador”, afirma.

Casos como o de Andressa não são incomuns, e muitas vezes, infelizmente, tem finais mais trágicos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, para evitar o perigo de sufocamento, o bebê deve dormir sempre de barriga para cima e não deve haver protetor, travesseiro, bicho de pelúcia ou qualquer outro objeto dentro do berço. Nos dias frios, o recomendado é agasalhar bem o pequeno para evitar o uso do cobertor, já que o bebê não tem habilidade motora nem força no pescoço suficientes para sair de uma situação em que algo impeça sua respiração.