• Giovanna Forcioni e Malu Echeverria
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Método BLW: Autonomia na hora de comer (Foto: Gabriel Rinaldi/Editora Globo)

A OMS recomenda o aleitamento exclusivo até os 6 meses antes da introdução dos alimentos sólidos (Foto: Gabriel Rinaldi/Editora Globo)

Com que idade seu filho começou a comer alimentos pastosos e sólidos? A Organização Mundial da Saúde recomenda que a introdução alimentar só seja feita depois de seis meses de aleitamento materno exclusivo. Mas, nos Estados Unidos, pelo menos 54% dos bebês já dá as primeiras colheradas antes desse período. Isso é o que indica um estudo publicado pelo Centro Nacional de Estatísticas de Saúde do país recentemente. 

A questão, além da idade certa, é de que forma essa transição deve ser feita? Sucos e papinhas de frutas, por exemplo, são uma boa maneira de começar. “Inicialmente, esses alimentos devem ser oferecidos no intervalo das mamadas e em pequenas quantidades, a serem aumentadas com o passar do tempo, conforme a criança for se adaptando ao novo cardápio”, explica Cid Pinheiro, pediatra do Hospital São Luiz (SP). Mas atenção: atualmente, a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria é de que os sucos façam parte da alimentação das crianças somente após o primeiro ano de vida. Então, caso você tenha começado o desmame antes disso, é preciso aguardar a idade ideal para oferecê-los ao seu pequeno.

É importante também adequar a consistência dos alimentos ao nascimento da dentição da criança, pois respeitar essa fase do desenvolvimento ajuda a evitar engasgos e sufocamentos. Por isso, amasse os ingredientes com garfo e/ou ofereça-os em pedaços pequenos. "Manter só papas homogêneas no cardápio nas primeiras semanas pode atrapalhar a continuidade do processo de introdução de outros alimentos. Aos poucos, é  importante oferecer outras opções além da papinha para que a criançam possa explorar e se acostumar a novas texturas, cores e sabores", afirma Mauro Fisberg, coordenador do Centro de Dificuldades Alimentares do Instituto PENSI, do Sabará Hospital Infantil (SP).

Agora, caso seu filho pareça não gostar de um ingrediente em específico, tudo bem. A reação é comum e esperada. Segundo o especialista, antes de aceitar que ele realmente não gosta daquele alimento, vale insistir e oferecê-lo por, no mínimo, dez vezes e em diferentes preparos, ok?