Tendências

Por Yara Guerra

Casa e Jardim sempre esteve a par das transformações no universo da arquitetura, da decoração e do design. Mais que entender o presente, a marca tem o cuidado de olhar para o horizonte e antecipar o que chega como novidade.

Confira abaixo o que alguns profissionais já estão propondo em termos de inovação e o que imaginam para o futuro próximo e distante!

A cidade de volta

O urbanismo do futuro reserva um cuidado com os espaços públicos. A abordagem foi usada em Dubai no The Loop, projeto do escritório URB, que visa criar uma ciclovia de 93 km e conectar mais de três milhões de habitantes a qualquer parte da cidade por meio do ciclismo e da caminhada. Com a pavimentação cinética, os passos do público serão transformados em energia utilizável.

Da mesma forma, em Paris, o escritório francês PCA-Stream sugere a transformação da Champs-Élysées. A proposta inclui a criação de praças públicas e espaços de pausa, aumento de ambientes para pedestres, instalação de quiosques para refeições, playgrounds e áreas de esporte, uma maneira de trazer os parisienses de volta à mais importante avenida da cidade.

Arquitetura rumo ao espaço

Diante da iminente escassez de recursos no planeta, cresce a discussão sobre a vida em outras partes do universo. A Nasa lançou uma competição entre arquitetos para avançar as soluções habitacionais sustentáveis na Terra e fora dela.

No final do ano passado, a agência espacial premiou o escritório australiano Icon com um contrato para desenvolver tecnologias de construção que ajudem a garantir infraestrutura na superfície lunar. A iniciativa faz parte do projeto Artemis e visualiza elementos como plataformas de pouso, estradas e habitações.

Outra colaboração entre a Nasa e o Icon envolve o escritório BIG, Bjarke Ingels Group, e prevê uma estrutura impressa em 3D para simular a vida em Marte, a Mars Dune Alpha. Instalada no Centro Espacial Johnson, em Houston,Texas, a “casa” receberá, a partir de junho deste ano, quatro pessoas que simularão a vida no planeta vermelho em confinamento por um ano. Com 160 m², o espaço inclui uma fazenda vertical para cultivo de vegetais, uma sala dedicada a procedimentos médicos, uma área de relaxamento e estações de trabalho.

Construções modulares

Construção modular desenvolvida pelo escritório Rafa Zampini Arquitetura — Foto: Rafa Zampini Arquitetura / Divulgação
Construção modular desenvolvida pelo escritório Rafa Zampini Arquitetura — Foto: Rafa Zampini Arquitetura / Divulgação

O conceito de construção modular parte do estudo prévio e previsão de módulos pré-fabricados a serem instalados e acoplados no lugar da construção, tornando-a adaptável a qualquer terreno. Por permitir a expansão da planta conforme a necessidade do morador, o sistema é uma opção versátil para quem ainda não tem certeza do que espera de sua casa.

“O morador pode fracionar a montagem de uma casa de 700 m², sem que isso implique em reforma ou obra”, explica o arquiteto Rafa Zampini, cujo escritório tem como um dos braços, além da arquitetura tailor-made, a alternativa modular. “Espero que o conceito seja ampliado para construções maiores, como ocorre em outros países. No Brasil, pode contribuir para a eficiência energética e o não desperdício de materiais”, diz.

Design vegetal

Luminária produzida com micélio, biomaterial que é uma das apostas para o futuro do design — Foto: Mush / Divulgação
Luminária produzida com micélio, biomaterial que é uma das apostas para o futuro do design — Foto: Mush / Divulgação

O micélio, estrutura de fungos e cogumelos que fica escondida sob o solo ou dentro de matéria orgânica, como troncos e folhas, é um biomaterial. Por ser resistente, foi esse o recurso que a startup Mush passou a cultivar para a aplicação em moldes. “O micélio pode ser cultivado em quase qualquer formato, sendo extremamente versátil para o design. Assim, abre caminho para formas e estruturas que seriam difíceis ou impossíveis de alcançar com materiais tradicionais”, explica Leandro Oshiro, engenheiro químico da Mush.

Memória catalogada

O Building Information Modeling, BIM, é um modelo virtual que gerencia todas as informações do ciclo de vida de um edifício, permitindo a otimização do tempo e do orçamento. “Por exemplo, ao inserir uma janela na parede, você tem metadados preenchidos com informações como fornecedor, preço das janelas, dimensões ofertadas etc. Se você decidir mudar a largura da janela, o programa te avisa se o fornecedor tem esse tamanho no catálogo”, explica Marcelo Tramontano, professor do Instituto de Arquitetura e Urbanismo da USP e coordenador do Núcleo de Estudos de Habitares Interativos da instituição.

Assim, o BIM permite que o orçamento seja produzido a partir dessas variações e que os profissionais envolvidos na obra acessem um mesmo modelo, integrando o trabalho. “Como o BIM reúne todas as informações do edifício, incluindo as alterações, você tem o histórico da construção se precisar realizar uma restauração. É um banco de dados imenso”, completa o arquiteto.

Habitação aquática

 O Land On The Water surge como um espaço alternativo de moradia, sobre a água — Foto: KVANT-1 / Divulgação
O Land On The Water surge como um espaço alternativo de moradia, sobre a água — Foto: KVANT-1 / Divulgação

Com o alarmante aumento do nível do mar, arquitetos ao redor do mundo têm se mobilizado para sugerir espaços alternativos como moradia. O escritório dinamarquês MAST propôs a utilização de estruturas flutuantes adaptáveis às mudanças climáticas, que buscam minimizar o impacto ambiental. No projeto Land On The Water (foto 👆), os módulos flutuantes, de fácil transporte e montagem, servem como fundação para infraestruturas sobre a água.

 O Land On The Water consiste em módulos flutuantes que servem como fundação para infraestruturas sobre a água — Foto: KVANT-1 / Divulgação
O Land On The Water consiste em módulos flutuantes que servem como fundação para infraestruturas sobre a água — Foto: KVANT-1 / Divulgação

Essas estruturas permitem o fluxo de água sem grandes perturbações para o ecossistema existente, garantindo também elementos promotores da biodiversidade. Por exemplo, os módulos que servem como base para as construções também atuam como “biohuts” – habitats artificiais para organismos como peixes, moluscos e outros pequenos animais. “A longo prazo, esses recifes artificiais podem ajudar a fortalecer a parte inferior da cadeia alimentar e o ambiente marinho”, diz Magnus Maarbjerg, arquiteto, designer marítimo e sócio do MAST.

Design paramétrico

O design paramétrico permite a composição de projetos com formas às quais a arquitetura não está acostumada – as chamadas formas complexas. Em 3D, a modelagem dos programas viabiliza criações curvilíneas, orgânicas, irregulares e abstratas, que seriam mais difíceis de serem produzidas à mão livre, em croquis.

Apesar de não ter ainda muita aplicação para habitações, o design paramétrico, segundo Marcelo, pode ser muito usado no setor de design e movelaria. Mas também pode ser bastante útil para a construção de peças específicas a partir da fabricação digital, que permite desenhar componentes inexistentes no mercado com customização em massa. “Isso está levando a arquitetura a um lugar otimizado e muito mais interessante e sustentável”, diz o arquiteto Guto Requena.

Prédios verdes

Welcome, Feeling at Work, que será construído em Milão, na Itália, incorpora a ideia de floresta vertical no telhado e na fachada — Foto: Kengo Kuma & Associates / Divulgação
Welcome, Feeling at Work, que será construído em Milão, na Itália, incorpora a ideia de floresta vertical no telhado e na fachada — Foto: Kengo Kuma & Associates / Divulgação

A procura por residências que ofereçam contato com a natureza tem aumentado, e a razão não é só estética. Essas florestas verticais, além de garantir maior privacidade aos moradores e colocar os prédios em destaque na paisagem urbana, asseguram melhores condições térmicas ao edifício. Assim, são vistas como estratégia de contraposição às ilhas de calor nos grandes centros. “Acredito que teremos tetos e fachadas verdes, com plantas nas varandas e no térreo, além de melhora no paisagismo urbano”, diz a arquiteta-paisagista Catê Poli.

Planejada para ser entregue em 2024 em Milão, na Itália, a construção Welcome, Feeling at Work incorpora a ideia de floresta vertical no telhado e na fachada. O projeto, assinado pelo escritório Kengo Kuma & Associates, é considerado um dos mais sustentáveis da Europa e reúne auditórios, espaços de coworking e restaurantes.

Tendência vertical

The Line é um projeto de metrópole vertical na Arábia Saudita, com 170 km de extensão e 500 metros de altura — Foto: NEOM / Divulgação
The Line é um projeto de metrópole vertical na Arábia Saudita, com 170 km de extensão e 500 metros de altura — Foto: NEOM / Divulgação

Profissionais visionários passaram a imaginar cidades inteiras compactadas em uma única estrutura vertical, como o projeto The Line, na Arábia Saudita, uma metrópole vertical no deserto com 170 km de extensão e 500 metros de altura.

O projeto prevê o abastecimento total por energia renovável, a inexistência de carros e estradas, o acesso imediato e ininterrupto à natureza, uma rede de transporte público que permite ir de ponta a ponta da estrutura em 20 minutos e espaços microclimáticos com equilíbrio de sombra, luz solar e ventilação natural. Desenvolvedores da inovação esperam um milhão de residentes na região já em 2030 e nove milhões em 2045.

Ecologia material

No projeto Aguahoja I, Neri Oxman desenvolveu uma plataforma para impressão 3D de biomateriais, como a pele estruturada — Foto: Neri Oxman e The Mediated Matter Group / Divulgação
No projeto Aguahoja I, Neri Oxman desenvolveu uma plataforma para impressão 3D de biomateriais, como a pele estruturada — Foto: Neri Oxman e The Mediated Matter Group / Divulgação

A arquiteta israelense e professora Neri Oxman tem dado um fim alternativo para biocompostos e materiais, como a pectina da casca da maçã, os corais e a seda do bicho-da-seda. Combinando design ambiental a morfogênese digital, Neri cria o que chama de ecologia material. Em seu trabalho Aguahoja I, ela desenvolveu uma plataforma robótica para impressão 3D de biomateriais que permite gerar de objetos de milímetros a grandes instalações, como essa espécie de "pele estruturada" de 5 m de extensão.

E-têxteis

Inovação tecnológica que pode ser incorporada pela arquitetura e decoração, os e-têxteis usam sensores e microcontroladores que lhes permitem interagir com o ambiente. Eles são capazes, por exemplo, de capturar dados e variações de temperatura, e permitem o ajuste de iluminação e a mudança de textura, cor e forma em resposta a uma ação. Um dos materiais utilizados pelo conceito é a fibra de vidro, cujos materiais fotocrômicos regulam cor e transparência e possibilitam uma maior privacidade ou controle de luz em edifícios.

Microcidades

Projeto Het Platform, localizado sobre um terminal de ônibus e bondes em Utreque, nos Países Baixos — Foto: Ossip van Duivenbode / Divulgação
Projeto Het Platform, localizado sobre um terminal de ônibus e bondes em Utreque, nos Países Baixos — Foto: Ossip van Duivenbode / Divulgação

O arquiteto e urbanista luxemburguês Léon Krier define a “cidade dentro da cidade” como bairros com todas as qualidades necessárias para se tornarem independentes, sem nunca se separarem totalmente. A ideia é oferecer comodidades, serviços, locais e moradias em um espaço limitado, garantindo que os moradores atendam à maior parte de suas necessidades diárias a poucos minutos de distância de casa.

Tal conceito foi um dos pontos de partida para o projeto Het Platform, localizado sobre um terminal de ônibus e bondes em Utreque, nos Países Baixos. O prédio tem uma proposta quase autárquica e combina diferentes funções, como residência, trabalho e lazer. Ao mesmo tempo, oferece uma variedade de espaços coletivos, a exemplo de um pomar e um pátio semiaberto, que permitem integração à cidade.

Natureza flexível

O bambu é tradicional na arquitetura oriental por ser abundante na região e também por ser leve e flexível, e assim criar construções resistentes a abalos sísmicos. Agora a planta vem sendo mais explorada no Ocidente e entrou nas normas técnicas brasileiras (ABNT) como material estrutural desde janeiro de 2020.

Segundo o arquiteto Mattheus Luchi, do estúdio São Paulo da Perkins&Will, é hora de explorar a criatividade no uso do material. “Por seu formato cilíndrico oco, o bambu já possui a massa afastada de seu centro de gravidade, o que aumenta sua resistência contra a flambagem, enquanto os seus nós aumentam a sua resistência contra o esmagamento”, diz ele, que realizou uma pesquisa sobre o material como elemento estrutural na construção civil.

O projeto foi selecionado para apadrinhamento e promoção pela Perkins&Will como parte da iniciativa Innovation Incubator. O bambu ainda oferece baixo impacto ambiental quando comparado ao aço e ao concreto e pode contribuir contra a formação das ilhas de calor nas grandes cidades por ter baixa condutibilidade térmica.

Para além do sustentável

Bamboo Theatre é um anfiteatro projetado pelo escritório chinês DnA_Design and Architecture com uso de bambu — Foto: Wang Ziling / Divulgação
Bamboo Theatre é um anfiteatro projetado pelo escritório chinês DnA_Design and Architecture com uso de bambu — Foto: Wang Ziling / Divulgação

Em projetos regenerativos, a arquitetura é vista como uma extensão do espaço, usando os sistemas naturais como meio. A arquiteta Xu Tiantian, do escritório chinês DnA_Design and Architecture, considera o conceito importante para o futuro, uma vez que permite olhar para recursos locais como uma alternativa.

Em seu projeto Bamboo Theatre para a aldeia de Hengkeng, no condado de Songyang, ela projetou um anfiteatro com o uso do bambu que cresce abundantemente nas florestas circundantes. O material flexível forma um dossel sobre os bancos de pedra, gerando um espaço de lazer onde os moradores assistem a performances ou praticam meditação. A cúpula demanda pouca manutenção, pois os bambus antigos podem ser substituídos pelos mais novos, que são tecidos na estrutura existente.

Tingimentos naturais

Paola Crosso é uma artista que obtém diferentes cores de tinta a partir de minerais, argila, areia e pigmentos naturais — Foto: Paola Croso / Divulgação
Paola Crosso é uma artista que obtém diferentes cores de tinta a partir de minerais, argila, areia e pigmentos naturais — Foto: Paola Croso / Divulgação

Biomateriais também podem ser aplicados na produção de tintas, algo que a artista Paola Croso faz há anos com diferentes cores obtidas a partir de minerais, argila, areia e pigmentos naturais. “Cada tinta tem a sua composição específica porque precisa ser própria para o ambiente”, explica. O movimento iniciado por artistas em menor escala está inspirando a indústria.

A Suvinil lançou a massa para efeitos decorativos Toque da Terra, com pigmentação 100% mineral, feita por combinações de argilas e óxidos naturais, com menor consumo de recursos hídricos. O produto, que dispensa elementos sintéticos em sua composição, está disponível em uma cartela de cinco cores.

Olhar para o passado, apontar para o futuro

O futuro condomínio Basílio 177, combina uso residencial e comercial, após um retrofit de edifício histórico — Foto: Metaforma / Divulgação
O futuro condomínio Basílio 177, combina uso residencial e comercial, após um retrofit de edifício histórico — Foto: Metaforma / Divulgação

O retrofit de construções históricas tem se apresentado como uma valiosa solução. Em São Paulo, a modalidade faz parte do programa Requalifica Centro, proposto pela prefeitura a fim de ativar espaços ociosos ou subutilizados na área central.

Há casos como o futuro condomínio Basílio 177, que combina uso residencial e comercial. A missão inclui fomentar a reintegração das pessoas à cidade, motivo pelo qual o andar térreo conectará a rua Basílio da Gama à Sete de Abril. “Ao meu ver, essa solução criará mais impacto naquela microrregião, sugerindo novos percursos e encontros e tornando aquela área mais viva”, diz Gustavo Cedroni, sócio no escritório Metro Arquitetos, a cargo do projeto geral do condomínio.

Outro prédio, na rua Aurora, já recebeu um alvará de retrofit pela prefeitura de São Paulo, e outros 14 estão em análise pela Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento. A tendência é acompanhada por iniciativas independentes e por outras cidades. Niterói, por exemplo, ganhará no fim de junho o Mercado Municipal retrofitado; no Rio, casarões centenários passarão por retrofit e receberão novos usos.

Destino controlado

Os designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio, em parceria com o mestre artesão Itamácio dos Santos, desenvolveram o cobogó de sururu — Foto: Ato Studio 3D / Divulgação
Os designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio, em parceria com o mestre artesão Itamácio dos Santos, desenvolveram o cobogó de sururu — Foto: Ato Studio 3D / Divulgação

Patrimônio imaterial de Alagoas, o sururu é um molusco cuja casca abre portas para o design nacional e a reutilização de resíduos. Na Comunidade do Vergel, na zona urbana de Maceió, as conchas que sobram da pesca chegam a mais de 300 toneladas por mês.

A fim de dar um melhor destino a esses resíduos e fomentar a economia circular, os designers Marcelo Rosenbaum e Rodrigo Ambrosio, em parceria com o mestre artesão Itamácio dos Santos, no âmbito do projeto Maceió Mais Inclusiva, desenvolveram um cobogó feito a partir do material.

Trituradas, as conchas são misturadas ao mínimo de cimento em composição e solo local para a produção de blocos ecológicos de sururu, feitos em parceria com a UFAL. É uma alternativa aos tijolos comuns de argila, que usam combustível fóssil na produção. O material será utilizado para estruturar o projeto da Pousada de Sururu, na praia de Tatuamunha, em Milagres (AL).

Moda renovável

A designer de produtos Elena Amato utiliza celulose bacterian, um resíduo da produção de kombucha, para desenvolver um material similar ao couro — Foto: Elena Amato / Divulgação
A designer de produtos Elena Amato utiliza celulose bacterian, um resíduo da produção de kombucha, para desenvolver um material similar ao couro — Foto: Elena Amato / Divulgação

A designer de produtos e pesquisadora Elena Amato, à frente do laboratório experimental Ponto Biodesign, viu na celulose bacteriana a possibilidade de reutilizar o recurso, que é um resíduo da produção de kombucha, para o desenvolvimento de biotêxteis. O material tem características similares ao couro e pode ser aplicado na moda.

“Os biotêxteis de celulose bacteriana são produzidos por meio da fermentação de chá com açúcar. Os microorganismos consomem os nutrientes do substrato e produzem uma camada de celulose gelatinosa na superfície do líquido”, ela explica.

Depois, as membranas são processadas, pigmentadas e secas, obtendo folhas de “Fabteria”, nome dado ao biotêxtil do laboratório. “Os materiais biofabricados são produzidos por células vivas e micro-organismos e crescem muito rápido em comparação aos materiais tradicionais.”, afirma Elena.

Tempo de movimento

O Complexo Hospitalar Sant’Agostino será um dos principais centros culturais e de inovação do país — Foto: CRA-Carlo Ratti Associati / Divulgação
O Complexo Hospitalar Sant’Agostino será um dos principais centros culturais e de inovação do país — Foto: CRA-Carlo Ratti Associati / Divulgação

A cinética sugere dinâmica. O conceito é geralmente aplicado em fachadas de proteção solar, que regulam a entrada de luz nos edifícios. Na Itália, um projeto do escritório Carlo Ratti Associatti e do arquiteto Italo Rota transformará o Complexo Hospitalar Sant’Agostino em um dos principais centros culturais e de inovação do país.

Há o teto móvel em formato de origami, que se adapta de modo automático às diferentes condições ambientais. A estrutura é equipada com painéis solares que ajudarão a abastecer o espaço energeticamente e a reduzir a pegada de carbono do edifício. “Pode-se dizer que alguns dos principais desafios que enfrentamos hoje vêm do conflito entre o mundo natural e o artificial. A cinética é um componente-chave para projetar edifícios que possam ‘tornar-se vivos’”, diz o arquiteto, engenheiro e professor do MIT.

Casas inteligentes e amigáveis

A automação residencial engloba sistemas que controlam e otimizam as funções da casa, como o manejo da temperatura e da iluminação e o controle de cortinas, portas e janelas sem intervenção manual. Isso tudo pode ser feito de modo remoto a partir de um único app.

As soluções para a cozinha baseadas em inteligência artificial permitem que refrigeradores reduzam flutuações de temperatura e otimizem o uso de energia, economizando até 10% e mantendo os alimentos frescos por mais tempo.

Outros modelos de refrigeradores e fornos vêm com uma câmera acoplada, o que viabiliza, respectivamente, compras e configurações de cozimento mais precisas. Já alguns aplicativos usam IA para reconhecer os itens na foto e dar um feedback em tempo real sobre seus ingredientes e nutrição.

Demais lançamentos nesse mercado permitem o monitoramento da saúde, como camas inteligentes e ajustáveis que fornecem sugestões para um melhor sono a partir dos dados coletados. Segundo Marcelo Tramontano, o futuro das smart homes inclui certa simplificação: “Não das tecnologias, mas do modo de interagir. A ciência da computação busca interfaces mais amigáveis”, diz.

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