Casa na serra fluminense tem jardim pensado como extensão da paisagem

A arquitetura de linhas retas e marcantes inclui um telhado em balanço. “O espaço sunset foi construído sobre a residência do caseiro e permite contemplar o pôr-do-sol de outro ângulo, além do luar”, afirma Duda.

As espécies do jardim foram cuidadosamente escolhidas para criar uma ideia de continuidade, envolvendo os elementos estruturais, como piscina, chuveirão, caminhos, bancos e escadas. "Em uma paisagem que gera estímulos e sensações, criamos uma composição mais livre", diz Júlio.

Palmeiras fênix e rabo-de-raposa e densos blocos de capim-do-texas verde, em constante movimento, suavizam a fachada retilínea. “Na área da piscina, maciços de guaimbê criam um fundo para os bancos, sem impactar o cenário”, fala Júlio.

O paisagista desenvolveu o “canto da saudade”, um espaço reflexivo com banco circular e uma jabuticabeira ao centro.

“A moradora queria um ambiente afetivo em homenagem à sua falecida mãe, que amava jabuticabeiras. Por fim, esse se tornou o local preferido para reunir amigos íntimos e familiares”, ele declara.

Em frente aos quartos dos hóspedes, o ipê-branco com forração de lavandas compõe bem com o pôr-do-sol de outono. “A localização da casa, por si, nos dá uma vista fantástica, então, procuramos interferir o mínimo possível no entorno. A impressão é que a residência sempre existiu ali”, conclui Júlio.