Paisagismo

Existem algumas plantas que, além de trazer beleza e benefícios ao ambiente, também cuidam da nossa saúde quando consumidas através de medicamentos e infusões. O cardo-mariano (Silybum marianum), da família Asteraceae, é conhecido por auxiliar no combate a dores e desconfortos do trato gastrointestinal superior, além de estar relacionado a efeitos anti-inflamatórios no fígado, sendo uma popular planta medicinal para se ter em casa.

Como usar o Cardo-Mariano lugares do mundo, a espécie é robusta e ereta, podendo medir até 3 m de altura, como explica a paisagista Marcilene Monzani. A origem do nome cardo-mariano, segundo a profissional, é em homenagem à Virgem Maria, santa católica. Reza a crença que uma gota do leite materno de Maria teria caído em cima do casrdo, formando os desenhos de veias brancas em suas folhas.

Os diversos usos do cardo-mariano

A planta também pode ser usada em hortas e jardins para trazer cor e beleza — Foto: Flickr / Björn S... / Creative Commons
A planta também pode ser usada em hortas e jardins para trazer cor e beleza — Foto: Flickr / Björn S... / Creative Commons

Segundo Harri Lorenzi, engenheiro-agrônomo e fundador do Jardim Botânico Plantarum, as propriedades medicinais do cardo-mariano se dão principalmente à presença da silimarina. "É um complexo ativo constituído por uma mistura de três silibinas (composto natural) e flavonolignanas (composto químico) presentes em suas sementes, com concentração de até 3%", explica.

A planta possui gosto amargo e leva atributos de estímulo ao apetite, diurético, tônico e regenerador das células hepáticas, ajudando, ainda, a estimular o fluxo biliar e a ação espasmolítica.

"A tintura de suas sementes é utilizada para tratar problemas urinários, biliares e uterinos. Preparações desta planta também são empregadas no tratamento de doenças do fígado e da vesícula, como icterícia, cirrose, hepatite e intoxicações, inclusive aquelas causadas por cogumelos, álcool, drogas e substâncias químicas tóxicas", diz.

Segundo o Formulário de Fitoterápicos da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), a Silybum marianum pode ser consumida através da infusão dos frutos, sem papilos secos e rasurados, por de 10 a 15 minutos (3-5 g para 100 mL de água fervente), e sempre por adultos. O uso por lactantes, gestantes ou pessoas que apresentem alergia ou sintomas adversos é proibido.

Ainda conforme o documento, apesar da planta obter dezenas de funcionalidades, o seu uso como medicamento fitoterápico é indicado pela ANVISA somente em casos de sintomas dispépticos (desconfortos estomacais). Qualquer outro uso deve ser supervisionado por um médico especialista.

Como cultivar o cardo-mariano em casa

Cardo-mariano, também conhecido como cardo-leiteiro, é uma planta medicinal presente em muitos suplementos — Foto: Matt Seymour / Unsplash / Creative Commons
Cardo-mariano, também conhecido como cardo-leiteiro, é uma planta medicinal presente em muitos suplementos — Foto: Matt Seymour / Unsplash / Creative Commons

Mesmo com a possibilidade de usar mudas de cardo-mariano, Marcilene explica que o jeito mais comum de plantar a espécie é por meio de sementes, sob sol pleno e em qualquer terra, já que é uma planta de fácil adaptação.

As sementes se desenvolvem bem em qualquer época do ano, ainda que, para quem vive em regiões muito frias, o ideal seja plantar durante o verão ou a primavera. "O cardo-mariano gosta de exposição ao sol e se adapta a qualquer tipo de solo, mas prefere os ricos em matéria orgânica, soltos e permeáveis, assim seu crescimento será mais rápido e abundante. O espaçamento deve respeitar 50 cm entre as covas de plantio", explica a paisagista.

Durante a escolha do local, é importante que a decisão seja definitiva, pois, segundo Harri, a planta possui uma raiz pivotante, que dificulta o transplante, enquanto a profundidade pode seguir a regra de 1 a 2 cm.

Por ser uma espécie fácil de cuidar, as principais orientações envolvem rega profunda e espaçada, com cuidado para não encharcar o solo, um bom adubo, em especial durante a fase de crescimento, e cerca de seis horas de sol por dia. "Apesar de ser um vegetal resistente, é importante remover espécies daninhas que possam competir por nutrientes e espaço, além de monitorar a presença de pragas e fungos", finaliza Harri.

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