Uma nova espécie e gênero de planta foi descoberta no Japão e tem impressionado os pesquisadores. Comparada a um "ser extraterrestre", ela recebeu o nome de Relictithismia kimotsukiensis e é bastante diferente das vegetações convencionais.
"A aparência única desta nova espécie de planta evoca imagens de lulas ou seres extraterrestres. Uma adição verdadeiramente incomum e fascinante ao mundo botânico", disse Kenji Suetsugu, da Universidade de Kobe, no Japão, que coordena o estudo, publicado no Journal of Plant Research.
![O formato estranho e as características incomuns da planta chamaram a atenção — Foto: Yasunori Nakamura e Shuichiro Tagane / Divulgação](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/HDdSiqlZAS6EqMZuhJ6MCMUi-Ms=/0x0:1400x689/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2024/z/W/nyBLhOQ320w1pwAdv1WA/planta-alien2.png)
A planta faz parte da família Thismiaceae, conhecida como "lanterna-de-fada", e tem cerca 2 cm de largura e 3 cm de altura. Parecida com uma lula com "braços", ela não possui clorofila para a fotossíntese e se alimenta de fungos. A planta passa a maioria de sua vida no subsolo e só emerge à superfície por apenas uma semana ao ano.
![A planta come fungos para se alimentar, o que é considerado um comportamento atípico — Foto: Yasunori Nakamura (A e B) / Shuichiro Tagane (C, D, E e F) / Divulgação](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/Tt7-oR1oYQK-CBjQZmisS04DMsE=/0x0:1400x1585/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2024/U/5/ZnQ6HnTVyk8E6U2CMBog/planta-alien.jpeg)
Um botânico amador descobriu a espécie nas montanhas Kimotsuki, na ilha de Kyushu, no Japão, em 2022. Por suas características incomuns, os pesquisadores propuseram a criação de um novo gênero chamado Relictithismia Suetsugu & Tagane. Este é o primeiro novo gênero de planta a ser descoberto no Japão desde 1930.
Até o momento, os pesquisadores localizaram apenas cinco espécimes em um único local e preveem que a população total não passe de 50. Por isso, os estudiosos esperam que o governo japonês dê à planta proteção contra espécies ameaçadas de extinção.