A espécie de margarida alaranjada (Gorteria diffusa), nativa da África do Sul, possui uma estratégia incomum para atrair polinizadores: ela tem pequenas estruturas em suas pétalas parecidas com uma mosca fêmea, o que serve para atrair moscas machos. Os insetos vão até as flores na esperança de acasalar, mas acabam transportando o pólen para outras plantas.
![De longe, as estruturas parecem com moscas fêmeas para atrair machos — Foto: SAplants / Wikimedia Commons / Creative Commons](https://cdn.statically.io/img/s2-casaejardim.glbimg.com/o-z0BnzwoW37YMK7jajcqVIfscE=/0x0:1400x934/984x0/smart/filters:strip_icc()/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_a0b7e59562ef42049f4e191fe476fe7d/internal_photos/bs/2023/t/r/DEoxZ8SriMagAYUqPkTg/00001margarida-finge-que-e-mosca-femea-para-atrair-polinizadores.jpg)
Pesquisadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, estudaram a planta e descobriram que, em vez de apenas um gene ser responsável por essa estratégia, três conjuntos de genes parecem atuar na criação das "moscas" nas pétalas. Esses grupos realizam naturalmente outras funções, mas se adaptaram para criar o elemento surpresa.
O segundo faz os pelos da raiz crescerem e mudou para desenvolver também os pelos das novas estruturas. Já o terceiro grupo controla quando as flores nascem e passou a determinar que as moscas falsas apareçam em posições aleatórias.