Caruru: a PANC que orna jardins e é ingrediente de receitas nutritivas

É possível cultivar a espécie em quase todos os terrenos e aproveitar suas folhas na dieta do dia a dia


O caruru é uma planta alimentícia não convencional (PANC) de fácil cultivo e alto valor nutricional Flickr / 潘立傑 LiChieh Pan / Creative Commons

Pertencente ao gênero Amaranthus, da família das amarantáceas, o Caruru (Amaranthus viridis) é uma planta comestível de sabor levemente amargo. Assim como outras plantas alimentícias não convencionais (PANCs), a espécie cresce espontaneamente em jardins, quintais e canteiros, como explica Armando Salvador, engenheiro-agrônomo do Plantare Paisagismo.

Seu sabor marcante e fartura em cálcio, magnésio e minerais, o caruru ficou rapidamente conhecido pelo seu uso na culinária. "O sabor é muito parecido com o espinafre e as suas folhas podem ser usadas para fazer feijão, tortas, farofas, bolos e pães", explica Eduardo Funari, engenheiro-agrônomo do Funari Paisagismo.

De folhas levemente redondas, o caruru é uma planta que cresce em diversos locais, de forma espontânea ou não — Foto: Wikimedia Commons / Harry Rose

Segundo ele, as folhas do caruru são alternas, ovaladas e com margens regulares. Na coloração, geralmente são verdes, mas podem apresentar manchas acinzentadas ou castanho-avermelhadas. "É uma planta espontânea com ótima adaptação climática no solo brasileiro. Por isso, é considerada uma erva daninha de grande prejuízo aos agricultores, mas também um ótimo indicador de solo rico em potássio", explica Funari.

O profissional ainda alerta que a PANC deve ser sempre cozida ou refogada, para evitar o consumo de componentes tóxicos. Enquanto as flores do gênero Amaranthus, segundo Armando, não devem ser ingeridas e possuem valor puramente ornamental.

Como cultivar o caruru em casa

Para crescer, o caruru precisa de sol pleno e solo úmido — Foto: Wikimedia Commons / Joydeep

Conforme Thalita Vitachi, sócia de Armando no Plantare, a reprodução da planta se dá por sementes, as quais são naturalmente levadas pelo vento e podem ser plantadas em hortas, jardins e quintais. "Considerada uma erva daninha ou invasora, não demanda muitos cuidados já que nascem até de maneira espontânea", explica.

Ainda assim, no caso de plantios para consumo, os sócios recomendam um solo rico em matéria orgânica e bem adubado, gerando, assim, uma planta com ainda maior valor nutricional.

Eduardo concorda e acrescenta que, tanto em jardins quanto em vasos, a planta não precisa de muito mais do que um local ensolarado e rega constante, mantendo a terra sempre úmida.

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