5 hábitos de limpeza que parecem eficientes, mas não são

A limpeza de casa está envolta em mitos, que podem acabar prejudicando o resultado, além de prejudicar o bolso, impactar o meio ambiente e até gerar riscos à saúde. Muitas vezes, vamos repetindo procedimentos e receitas em casa e não nos damos conta que, às vezes, não são a melhor opção. Para esclarecer essa questão, falamos com especialistas que trazem luz ao assunto. Confira!

Essa crença é clássica, mas a espuma em abundância não é garantia de limpeza. Além disso, como lembra Priscila Castro, especialista em limpeza da Ecoville, essa atitude só gerará necessidade de mais água para remover o resíduo, o que não configura uma atitude sustentável.

Segundo Maysa Braga, professora do curso de farmácia da Universidade Cruzeiro do Sul, a espuma é formada pelo atrito das moléculas do sabão com as moléculas de água, gerando bolhas de ar. "O mecanismo de limpeza não é executado pela espuma, e, sim, pelas propriedades do sabão", assegura ela.

Por essa razão, o importante, segundo a home expert Flávia Ferrari, é a composição do produto e a sua capacidade de remover sujeira e gordura. "Então, foque mais em escolher o produto certo para cada tipo de uso e siga as instruções do rótulo", sugere.

"Outro ponto é que o excesso de espuma pode comprometer a vida útil dos equipamentos usados na limpeza", acrescenta Maysa.

Segundo Priscila, quando se usa uma quantidade de amaciante maior do que o necessário, a roupa fica mais gordurosa.

Maysa explica que isso acontece porque o produto fica retido no tecido para promover um fio mais regular, o que melhora sua mobilidade. Porém, utilizar uma quantidade maior que o necessário faz com que o tecido absorva menos água após secar, e a roupa vai perdendo a maciez. "Portanto, o ideal é usar o amaciante na quantidade indicada pelo fabricante", sugere.

"No meu caso, deixei de usar amaciante e indico vinagre de álcool no enxágue das roupas", conta Flávia.

Quem faz uso de sabão em pó para limpar piso é melhor repensar, pois se trata de um produto alcalino, que pode danificar as superfícies. "Em um primeiro momento, até parece limpo, mas com o passar do tempo, o dano é inevitável", afirma Priscila.

Além disso, Flávia lembra que este produto pode deixar resíduos que tornam o piso escorregadio e até manchar as superfícies. A dica é escolher produtos neutros e recomendados para o seu tipo de piso. "É bom sempre ler os rótulos para que o produto seja usado da maneira e na quantidade corretas", indica Maysa.

Nem sempre mais água significa uma limpeza melhor. "Na verdade, o segredo está em usar a quantidade certa de água com o produto adequado", diz Flávia.

Isso porque a água ajuda a diluir e ativar os ingredientes do produto de limpeza, mas o excesso pode dificultar o enxágue e até desperdiçar o produto, além de gastar mais água sem necessidade. "A diluição do produto em água deve seguir as instruções do fabricante", afirma Maysa.

Misturar produtos de limpeza pode ser perigoso! "Algumas combinações, como água sanitária com vinagre ou amônia, podem liberar gases tóxicos e causar intoxicações. Além disso, misturas inadequadas podem anular o efeito dos produtos", explica Flávia.

Conforme Maysa, misturar produtos sem conhecimento de suas propriedades pode causar irritações da pele e das mucosas.