No deserto de Karakum, no Turcomenistão, perto da aldeia de Darvaza – que tem apenas 350 habitantes –, existe um buraco de 70 m de diâmetro em chamas há mais de 50 anos. Embora tecnicamente chamada Cratera de Gás Darvaza, os moradores da região chamam o local de "Portões do Inferno".
A cratera foi criada em 1971, quando uma plataforma de exploração soviética acidentalmente perfurou uma enorme caverna subterrânea de gás natural, causando o colapso do solo e a queda de toda a estrutura.
Para evitar uma potencial catástrofe ambiental, os soviéticos incendiaram o buraco, imaginando que ele pararia de queimar dentro de algumas semanas, quando o gás se extinguisse. Décadas depois, o poço de fogo continua ardendo. Acredita-se que a plataforma de perfuração soviética ainda esteja em algum lugar lá embaixo, do outro lado dos “Portões do Inferno”.
Surpreendentemente, apesar do nome agourento da cratera e das chamas sempre presentes, as pessoas ainda caminham pelo deserto para visitar o local.
O futuro da atração catastrófica ainda é incerto. Em janeiro de 2022, o presidente Gurbanguly Berdymukhamedov solicitou que especialistas do Turcomenistão começassem a pesquisar maneiras viáveis e seguras de apagar o incêndio, mas sem nenhuma solução viável até o momento.