"Portões do Inferno": atração natural mais perigosa do mundo está em chamas há mais de 50 anos

O buraco criado por acidente foi incendiado para evitar um desastre ambiental em 1971, mas o fogo não apagou desde então

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Cratera de gás no Turcomenistão está em chamas desde 1971 Tormod Sandtorv / Wikimedia Commons

No deserto de Karakum, no Turcomenistão, perto da aldeia de Darvaza – que tem apenas 350 habitantes –, existe um buraco de 70 m de diâmetro em chamas há mais de 50 anos. Embora tecnicamente chamada Cratera de Gás Darvaza, os moradores da região chamam o local de "Portões do Inferno".

A cratera foi criada em 1971, quando uma plataforma de exploração soviética acidentalmente perfurou uma enorme caverna subterrânea de gás natural, causando o colapso do solo e a queda de toda a estrutura.

Seu brilho ardente pode ser visto a quilômetros de distância — Foto: Stefan Krasowski / Wikimedia Commons

Para evitar uma potencial catástrofe ambiental, os soviéticos incendiaram o buraco, imaginando que ele pararia de queimar dentro de algumas semanas, quando o gás se extinguisse. Décadas depois, o poço de fogo continua ardendo. Acredita-se que a plataforma de perfuração soviética ainda esteja em algum lugar lá embaixo, do outro lado dos “Portões do Inferno”.

Surpreendentemente, apesar do nome agourento da cratera e das chamas sempre presentes, as pessoas ainda caminham pelo deserto para visitar o local.

O futuro da atração catastrófica ainda é incerto. Em janeiro de 2022, o presidente Gurbanguly Berdymukhamedov solicitou que especialistas do Turcomenistão começassem a pesquisar maneiras viáveis e seguras de apagar o incêndio, mas sem nenhuma solução viável até o momento.

Turistas costumam acampar a alguns metros da cratera para admirarem sua magnitude — Foto: Bjørn Christian Tørrissen / Wikimedia Commons
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