Dicas

O prazo de validade de um colchão depende de diversos fatores, incluindo o tipo, a qualidade dos materiais usados, o uso diário e os cuidados com o estofado. Em geral, um colchão não tem um prazo de validade exato, mas uma recomendação de tempo de uso para manter o bem-estar de quem o usa.

Em linhas gerais, um produto de boa qualidade pode durar até 10 anos antes de começar a mostrar sinais de desgaste significativo, mas há variáveis nessa conta.

Confira as respostas de especialistas sobre as dúvidas mais comuns.

1. Qual a vida útil do colchão?

Os especialistas estimam que o colchão pode ter uma vida útil em torno de 4 a 10 anos, uma variação que depende muito do modelo escolhido. "Afinal, a engenharia do colchão e os materiais nele empregados podem ser determinantes na questão da durabilidade", diz Thariel Manteiga, CEO da Prohouse Colchões.

Segundo ele, materiais como molejos, quando de boa qualidade e configuração, tendem a durar muito, devido justamente à sua concepção, isto é, por serem feitos de aço flexível. "No entanto, outros materiais, como espuma e tecido, são mais vulneráveis a aspectos como umidade e peso de quem o usa, por isso sua durabilidade pode estar mais diretamente ligada aos cuidados do usuário", avalia.

Tpo de colchão, qualidade dos materiais, uso diário e cuidados são alguns fatores que pesam na vida útil do colchão — Foto: Reprodução / Americanas
Tpo de colchão, qualidade dos materiais, uso diário e cuidados são alguns fatores que pesam na vida útil do colchão — Foto: Reprodução / Americanas

Jeziel Rodrigues, consultor do sono na Anjos Colchões & Sofás, a durabilidade dos colchões de espuma gira em média 4 anos; já para os de mola, esse tempo pode variar de 6 a 8 anos.

"Ao término desse prazo, o colchão deixa de sustentar a coluna corretamente, colocando o corpo em posição prejudicial à natural do sono. Por isso que, na hora de optar por um colchão, é recomendável fazer o teste, deitando-se em várias posições, de bruços e de lado, para sentir a acomodação mais ideal", recomenda Jeziel.

2. Existe indicação de prazo de validade no produto?

Não existe uma indicação do prazo de validade na etiqueta do colchão ou na hora da compra. Embora haja indicativos de durabilidade conforme cada modelo, é o próprio usuário que deve estar atendo para perceber os sinais de que está na hora de trocar o seu colchão.

Apesar de não haver indicação de prazo de validade nos colchões, é possível saber se o colchão é aprovado pelos órgãos competentes que fiscalizam esse mercado. Vanessa Ferraz, diretora da BF Colchões, avisa que este tipo de produto deve apresentar os selos Pró-Espuma do INER (Instituto Nacional de Estudos do Repouso), do INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia), da ABICOL (Associação Brasileira das Indústrias de Colchões) e da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

"Quando um colchão possui esses certificados de qualidade, os especialistas recomendam que o tempo de uso do colchão seja de 7 a 10 anos. Não há como recomendar esse prazo para colchões sem essas certificações", diz ela.

Manchas, descoloração, rasgos ou mau cheiro são indícios perceptíveis de que é hora de trocar o colchão — Foto: Unsplash / Kathyrin Tripp / Creative Commons
Manchas, descoloração, rasgos ou mau cheiro são indícios perceptíveis de que é hora de trocar o colchão — Foto: Unsplash / Kathyrin Tripp / Creative Commons

3. Quais são os sinais para saber se é hora de trocar o colchão?

Independentemente do prazo de validade, alguns sinais devem ser considerados para saber se está na hora de substituí-lo.

"Precisamos considerar também o tempo de uso do colchão, por exemplo, aquele que fica no quarto de hóspedes e não é muito usado, não deve ter os mesmos critérios daquele onde se dorme todas as noites", diz Thariel. Abaixo, confira algumas dicas:

  • Quando a marca do corpo permanece por muito tempo, significa que a firmeza e elasticidade já não são mais as mesmas, e o colchão não oferece mais o alinhamento correto da coluna.
  • Quando se percebe, por meio de deformidades ou áreas mais fundas, que o preenchimento se deslocou.
  • Se desde a última vez que trocou o colchão, a pessoa ganhou ou perdeu peso consideravelmente, é aconselhável substituí-lo, assim como também se desenvolveu algum problema ortopédico.
  • Se a aparência não estiver agradável: manchas, descoloração, rasgos ou apresentar mau cheiro são indícios perceptíveis de que chegou a hora de comprar um novo. Essas características evidenciam a presença de agentes alergênicos, bactérias e até outros contaminantes prejudiciais à saúde.
  • Se perceber que está acordando com dores nas costas, levantando pior do que quando foi se deitar e está com a sensação de ter acordado e não descansado nada.
  • Quando se deita e sente indícios de alergias, como espirros ou coceira no nariz, é possível que o colchão contenha ácaros.
  • Quando as molas estão desuniformes, ou seja, há áreas do colchão mais afundadas, indicando que podem existir molas com alturas diferentes, o que é comum em um colchão com muitos anos de uso.

4. Qual a diferença de longevidade entre os materiais?

Segundo Thariel, existem diferenças de qualidade e tipos de materiais, e isto é o principal fator que definirá a longevidade do colchão, mas, de maneira geral, ele afirma que a espuma tem menor duração.

"Porém, dependerá muito da forma como são fabricadas a estrutura do colchão, as camadas, a densidade do material, a espessura, etc. Portanto, é difícil dizer de forma precisa que um material tem menor ou maior longevidade do que outro", afirma o CEO.

No caso de colchão de espuma, o que prolonga a vida útil é a sua densidade. Segundo Jeziel, quanto maior é a densidade, maior é o número de matéria-prima e durabilidade dessa espuma.

Quando o colchão é 100% espuma, Vanessa ressalta ainda a importância da densidade ser indicada para o peso e a altura da pessoa, seguindo a tabela oficial de biótipo do INER. Por exemplo, um indíviduo que pesa entre 71 e 80 kg e tem de 1,61 a 1,71 m, o indicado é a D33. "Quando se dorme em uma espuma de densidade correta para o seu peso, o colchão pode durar de 7 a 10 anos", diz a diretora.

Em relação ao látex, trata-se de espuma com propriedades da borracha, por essa razão, a durabilidade é longa – em torno de 10 a 12 anos, segundo Vanessa. "O de espuma dura menos porque não compartilha a capacidade de peso com nenhuma outra característica; quando há espuma e mola, o suporte de peso e a durabilidade são divididas entre as duas características", explica Jeziel.

Ao analisar um colchão de molas, Vanessa explica ser importante considerar que ele também terá camadas de espuma para oferecer o conforto necessário ao descanso, então, a mesma recomendação de tempo de uso pode ser usada neste caso.

"Já em relação à durabilidade das molas, dependendo da qualidade do material, elas podem resistir bem por mais de 10 anos, contudo o colchão pode estar com a densidade das suas espumas comprometidas", alerta Vanessa.

Biótipos e posições de dormir podem influenciar na durabilidade do colchão — Foto: Freepik / yanalya / Creative Commons
Biótipos e posições de dormir podem influenciar na durabilidade do colchão — Foto: Freepik / yanalya / Creative Commons

5. Posições de dormir e biótipos influenciam na duração do colchão?

Sim. Segundo Thariel, se o colchão não estiver adequado ao peso do usuário ou for usado de forma inadequada, existe uma redução ainda maior da conservação.

Jeziel acrescenta que o modelo também influencia neste quesito. "Quem dorme de barriga para cima ou para baixo precisa de um colchão firme a fim de não ficar com a coluna torta; e para quem fica de lado, o ideal é um modelo mais macio, para acomodar ligeiramente o ombro e o quadril", indica o consultor.

O peso corporal é outro item a se considerar, segundo Vanessa. Por isso, é importante verificar as densidades corretas no tabelado INER a fim de atender os diferentes biótipos e, assim, não reduzir a durabilidade do colchão.

Colchões com muitos anos de uso podem trazer problemas como dores nas costas e influenciar na qualidade do sono — Foto: Unsplash / Sasun Bughdaryan / Creative Commons
Colchões com muitos anos de uso podem trazer problemas como dores nas costas e influenciar na qualidade do sono — Foto: Unsplash / Sasun Bughdaryan / Creative Commons

6. Quais os prejuízos de dormir com um colchão "vencido"?

É bem provável que um colchão com cerca de 10 anos ou mais não ofereça as necessidades de conforto e o alinhamento correto da coluna. "Isso pode fazer com que a pessoa acorde cansada e sinta desconfortos no corpo durante o dia, já que não se relaxa completamente em um colchão desgastado", explica Vanessa.

Ou seja, dormir em colchão que já perdeu suas características de conforto compromete a qualidade de vida da pessoa. Problemas respiratórios desencadeados pela proliferação de ácaros, como também distúrbios na coluna pelo desgaste do produto, estão entre as consequências. Além disso, o colchão "vencido" pode de causar dores, insônia, baixa qualidade de sono, fadiga e postura errada.

"Os prejuízos de dormir e não descansar, não encontrar uma acomodação para dormir ou demorar muito tempo para pegar no sono por conta da agitação pode fazer com a pessoa acorde pior do que se deitou, gerando irritabilidade e sonolência durante o dia", conclui Jeziel.

7. Como prolongar a vida do colchão?

A higiene é fundamental para aumentar a durabilidade do colchão, por exemplo, usando aspirador de pó — Foto: Flickr / Mattress Cleaning Vancouver / CreativeCommons)
A higiene é fundamental para aumentar a durabilidade do colchão, por exemplo, usando aspirador de pó — Foto: Flickr / Mattress Cleaning Vancouver / CreativeCommons)

  • Usar protetores impermeáveis no colchão aumentam a sua vida útil, justamente pela proteção que oferecem.
  • É importante também fazer um rodízio, que consiste em girar o colchão, fazendo com que o lado de cima vire o de baixo e vice-versa. O aconselhável é que isso que seja feito a cada 15 dias.
  • Não pular no colchão, não o expor diretamente ao sol nem colocá-lo diretamente no chão também ajuda a prolongar a sua vida.
  • É muito importante fazer corretamente a higienização, usando aspirador de pó.
  • Caso aconteça um acidente e o colchão fique sujo e manchado, é fundamental utilizar os produtos corretos para limpeza.
  • Não é recomendado usar produtos à base de álcool, pois essa substância compromete a estrutura das espumas, fazendo com que elas se esfarelem com maior facilidade.

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