Móveis marrons trazem à memória uma imagem rústica ou vintage, já que as matérias-primas de sua composição são naturais e mais primitivas. Mas o passado também se faz presente. A arquitetura e o design sempre revisitam as tendências de época para trazer inspirações e ressignificar objetos conhecidos à atualidade.
Cada estilo de sofá, em conjunto aos acessórios certos, refletem a personalidade e história de um morador. Se esse é o seu desejo e para ajudar nesta missão, conversamos com o designer de interiores, vencedor do Prêmio Casa e Jardim 2023, Thiago Herrera, e a arquiteta e designer Juliana Pippi, para compartilharem algumas dicas!
Na psicologia das cores, o marrom está muito associado com ao conforto e à segurança. A arquiteta aponta que versões mais macias e baixas de sofá estão dominando os catálogos. Já os modelos com formatos mais orgânicos tem um clima mais contemporâneo. Então a escolha de uma peça depende do objetivo a ser conquistado.
"Se você quer ter uma decoração clássica, sem a interpretação do tempo, utilize sofás de couro. Já formatos como o recamier trazem à sua decoração o modelo ideal para transpor muita personalidade", propõe Thiago.
1. Explore texturas
Juliana enfatiza que não existem regras para colorir o seu ambiente, porque o conjunto de peças definirá tudo, mas o uso de texturas na composição é essencial. "Por exemplo, os linhos em tons terrosos são lindos quando aplicados em peça maiores, como nos sofás", sugere.
Thiago reforça essa ideia de enriquecer o mobiliário com sensações diferentes, trazendo os elementos naturais da cor para a montagem, deixando tudo muito orgânico e sensível. "Sabe aquela sensação de tocar uma parede de barro? Então, quanto mais texturas melhor", explica o designer.
2. Arrisque nas cores
O marrom tem origem na cor da terra, assim, representa o princípio da vida. Naturalmente, tonalidades como o verde e o dourado são complementares. A variação das nuances, intensidades e misturas de verde e marrom formam uma vasta paleta de combinações para "brincar" e combinar em sua decoração.
3. Absorva o arredor
Juliana lembra que "as gamas de marrons são bem variadas, alguns puxados para avermelhados, outros mais acinzentados. Então, a harmonia dependerá do conjunto com outros materiais".
4. Ilumine seu espaço
A arquiteta ressalta o papel importantíssimo da iluminação de um cômodo e seus objetos. O marrom é uma cor escura, que automaticamente absorve luz, podendo impactar na energia e leveza da sala.
Referindo-se ao projeto do apartamento de Zezé Motta que projetou, Thiago explica que a iluminação, decisiva para um espaço, teve foco em trazer brilho aos tons dourados, às nuances de sombras nas tonalidades marrons e o efeito ainda mais preservado da naturalidade. "É como se o sol iluminasse os pontos que queremos. Nas laterais do sofá, é o lugar correto para trazer focos de luz", complementa.
5. Forme conjuntos contemplando toda a decoração
Para complementar o sofá, Thiago sugere: "Criatividade é algo que diz muito para cada projeto e personalidade do morador. Se estamos falando em habitantes mais descolados, hoje, além das mesas laterais e de centro – peças clássicas para composição dessas áreas –, podemos colocar as de apoio, na frente do sofá, trazendo mais praticidade a seu usuário.
Já Juliana compartilha suas preferências e inclinações quando se trata da decoração em torno do sofá. "Gosto muito de compor um sofá marrom com almofadas claras, cores cruas, areia e bege. Quase um tom sobre tom. Acho que pode suavizar e criar mais uma camada de textura ao conjunto", finaliza.