Dificuldade para dormir? O problema pode estar na iluminação da sua casa!

O que aconteceu comigo é cada vez mais frequente. Isso porque, ao longo dos anos, a dinâmica e a rotina das pessoas mudaram muito, em especial, daquelas que moram em cidades grandes e megalópoles, mais expostas à luz azul de seus computadores, tablets, celulares e iluminação artificial.

Em abril de 2023, o Hospital Israelita Albert Einstein publicou uma pesquisa apontando que quase metade da população convive com o desajuste noturno, ou seja, mal consegue atingir o que eles chamam de “sono reparador”.

Antigamente, não tínhamos tantas informações sobre o assunto como temos hoje. Porém, com o avanço da tecnologia e o aumento de casos, o mercado de iluminação iniciou um estudo para compreender o impacto da exposição à luz sobre o comportamento humano.

O conceito HCL ou Iluminação Centrada no Ser Humano carrega uma abordagem mais ampla, onde a luz artificial e a natural são pensadas em conjunto para compor a iluminação correta, na quantidade certa e na hora ideal.

De forma resumida, nosso corpo é guiado pela luz do sol em todas as suas fases, tonalidades e intensidades. Foi comprovado que se ficarmos expostos a uma iluminação branca ou muito intensa após às 18h, nossa produção de melatonina (hormônio do sono) é impactada. Essa consequência só é percebida a médio e longo prazo.

Antes, acreditávamos que apenas o quarto precisava ser preparado quando fôssemos dormir, mas não. Alguns estudos apontam que é necessário preparar os ambientes ao entardecer. A sua casa inteira precisa ser arranjada para você ter uma excelente noite de sono.

Ao captar uma luz branca, acima de 4.000 K, nosso cérebro entende que é dia e, com isso, nossa produção de melatonina cai, podendo causar insônia e queda na produção de hormônios. Não estou dizendo que a iluminação é o único fator que causa insônia, mas o ciclo claro/escuro de nossa casa precisa existir para o bom funcionamento do corpo. Ou seja, a luz artificial precisa acompanhar as fases do sol, independente do ambiente em que você esteja.

Além de todas as recomendações que os médicos fazem na mudança da rotina, como praticar algum exercício físico, tomar sol, não usar celular durante a noite e dormir no mínimo 7 horas diariamente, você pode realizar pequenas alterações na iluminação da sua casa.

Costumo dizer que, no mundo da iluminação, não existem regras ou fórmulas prontas, tudo deve ir ao encontro das necessidades de quem vive naquele espaço. Contudo, acredito que já consegui provar que a luz branca, em determinadas horas do dia, é prejudicial à saúde. Meu conselho é optar por tonalidade amarelada, 2.700 K, em ambientes residenciais, sejam eles sociais ou íntimos.

A tecnologia veio para nos ajudar! Com o avanço do LED, conseguimos ter luminárias, lâmpadas e fitas que mudam a temperatura de cor. É possível até programar o ciclo circadiano no aplicativo, para que a luz se adeque às mudanças do sol e sua intensidade. Assim, você terá a luminosidade adequada para cada momento do dia.