Nicole Gomes

Por Nicole Gomes

Colunista | Arquiteta especialista em iluminação residencial e corporativa

Nas lojas de material de construção, lâmpadas de diversos modelos, tamanhos, temperaturas de cores e potências ficam dispostas em gôndolas gigantes. Atire a primeira pedra quem nunca foi até uma delas e pegou a primeira que viu, só porque estava em promoção. Afinal, “são todas iguais”. Será que são mesmo?

Este mito surgiu em meados dos anos 2000, quando o mercado trabalhava quase exclusivamente com lâmpadas incandescentes e o modelo mais popular era a bulbo, aquela de rosquear. Isso trazia um certo comodismo, resultado do baixo investimento tecnológico na área de iluminação. Após o apagão nacional, o mercado começou a se movimentar para, finalmente, trazer o LED ao Brasil e banir definitivamente as lâmpadas incandescentes.

A tecnologia LED possibilitou criar uma gama de produtos, com diferentes efeitos e temperaturas de cor. Apesar da mudança, as pessoas, por falta de conhecimento e medo de errar, ainda priorizam a lâmpada bulbo e a famosa PAR 16.

Por isso, mostrarei os principais modelos de lâmpadas e para que serve cada uma delas.

MR11 e MR16

Corredor assinado pela Bel Urtiga possui três pontos de luz com lâmpadas de MR11, trazendo um efeito de luz e sombra — Foto: Mariana Camargo / Divulgação
Corredor assinado pela Bel Urtiga possui três pontos de luz com lâmpadas de MR11, trazendo um efeito de luz e sombra — Foto: Mariana Camargo / Divulgação

Esses modelos servem para criar efeito de destaque, realçar revestimentos e objetos. São ótimas para criar o que chamamos efeito de luz e sombra.

Indicada para pé-direito de até 3,5 m, a MR 11 tem angulação de 10 e 36º, com versões dimerizáveis – aquelas em que você consegue controlar a intensidade da luz. São usadas em laterais de TV, corredores, áreas gourmet, cozinhas, lavabos e até dentro do boxe para criar um banho aconchegante.

Já a MR 16 possui uma angulação maior, de 15, 36 e 60º, normalmente. Costumam ter a cor variável (2700 k a 6000 k, amarela e branca, respectivamente) e opções com IRC acima de 90, ótimas para destacar objetos. Podem ser usadas também para bancada de cozinha, salas, mesa de escritório, laterais de cama, closet, corredores, destaques de quadros, iluminação de jardim vertical e móvel de área gourmet.

PAR20

Em banheiros e lavabos, é importante escolher lâmpadas que possuem índice de proteção adequado, como no projeto de Patricia Pasquini — Foto: Rafael Renzo / Divulgação
Em banheiros e lavabos, é importante escolher lâmpadas que possuem índice de proteção adequado, como no projeto de Patricia Pasquini — Foto: Rafael Renzo / Divulgação

Lâmpada indicada para áreas molhadas, pois tem versão IP65, à prova de poeira e protegida contra jatos de água. Tem soquete E27, facilitando a instalação e a troca. Normalmente, encontramos angulações de 25 e 45º. Pode ser instalada em áreas molhadas, como banheiros, luminárias de área externa, áreas de serviço e varandas.

AR70 e AR111

As lâmpadas também podem ser usadas para trazer foco pontual ao mobiliário — Foto: Lufe Gomes / Divulgação
As lâmpadas também podem ser usadas para trazer foco pontual ao mobiliário — Foto: Lufe Gomes / Divulgação

A AR70 é usada para trazer foco pontual e destaque a objetos ou revestimentos. Confere um tom mais dourado ao ambiente e cria um clima intimista. Possui um refletor interno, que impede o ofuscamento. Com a mesma proposta, a AR111 é indicada para pé-direito duplo por conta do facho que alcança mais de 4 m.

Ambas são encontradas nas angulações de 12 e 24º, e trazem um efeito de luz surpreendente a mesas de centro, aparadores, lavabos, laterais de TV, ilhas de área gourmet, corredores, hall social, recepções e jardins.

Lâmpadas bulbo e bolinha

A lâmpada bulbo é uma das mais tradicionais do mercado, ideal para trazer uma luz difusa e homogênea ao espaço, como no projeto de Marcelo Rosset — Foto: Christian Maldonado / Divulgação
A lâmpada bulbo é uma das mais tradicionais do mercado, ideal para trazer uma luz difusa e homogênea ao espaço, como no projeto de Marcelo Rosset — Foto: Christian Maldonado / Divulgação

São versáteis, leitosas e apresentam efeito de luz difusa. Utilizadas em abajures, pendentes, plafon de vidro ou acrílico leitoso. Indicadas para quartos, salas, banheiros, cozinhas, garagens e áreas de serviços.

Lâmpada filamento de carbono

A lâmpada de filamento é ótima para trazer uma luz decorativa ao espaço, como foi feito neste canto de descanso projetado pela Mestisso — Foto: Ricardo Bassetti / Divulgação
A lâmpada de filamento é ótima para trazer uma luz decorativa ao espaço, como foi feito neste canto de descanso projetado pela Mestisso — Foto: Ricardo Bassetti / Divulgação

Tem o mesmo tamanho das lâmpadas bulbo. São todas transparentes e têm filamento aparente, com efeito decorativo. Ideais para usar em luminárias com lâmpada aparente.

Módulos de LED

Os módulos de LED estão na mesma categoria das lâmpadas. Essa tecnologia permite que você escolha o grau de abertura, temperatura e intensidades, mantendo as luminárias técnicas do mesmo tamanho. Essa novidade abre um leque de possibilidades, até porque conseguimos manter a qualidade com luminárias cada vez menores.

Mais recente Próxima Saiba como iluminar a casa de praia sem impactar o meio ambiente