Olimpíadas: cobertura de madeira marca arquitetura orgânica do Centro Aquático

Criada pelo estúdio holandês VenhoevenCS (@venhoevencs) e pelo estúdio francês Ateliers 2/3/4 (@ateliers234), a estrutura, que fica no bairro de Saint-Denis, é o único edifício permanente construído para o grande evento.

O local também será usado nas eliminatórias do polo aquático e deverá ser aberto aos atletas paralímpicos como centro de treinamento. As provas de natação ocorrerão na Arena Paris La Défense, que está sendo convertida em piscina para o evento.

O edifício foi desenvolvido para ser multifuncional, garantindo que possa ser usado como recinto desportivo de bairro após os Jogos. O prédio é ligado ao Stade de France – estádio que será utilizado para as cerimônias de abertura e encerramento dos jogos e eventos de atletismo – por uma ponte recém-construída.

A estrutura do Centro Aquático é construída predominantemente de madeira, o que fica visível na cobertura de 80 m de comprimento que se estende sobre a piscina. O uso do material atende a uma lei francesa de sustentabilidade, que exige que todos os novos edifícios públicos sejam construídos com pelo menos 50% de materiais de origem biológica.

As curvas do telhado criam espaço para arquibancadas nos três lados da piscina, que poderão acomodar até cinco mil pessoas. Cada assento é feito inteiramente de plástico reciclado e coletado no bairro.

Sobre o edifício, foi instalado um painel solar do qual se espera gerar 20% de toda a eletricidade necessária para o funcionamento do complexo. A ideia é que esse sistema componha um projeto maior em que 90% da energia elétrica do prédio seja de fonte sustentável.

O projeto paisagístico dos arredores inclui jardins com áreas de convivência e cerca de 100 árvores e arbustos plantados, visando melhorar a qualidade do ar e impulsionar a biodiversidade na região.