• Texto Stéphanie Durante
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Além das plantas, um bom jardim é convidativo e oferece vários motivos para você passar um bom tempo ali, desfrutando do verde, em contato com o ar puro. Disfarçando muros altos e oferecendo cantos para descansar, os quintais abaixo têm um quê a mais.

Muro de 4 m de altura com seixos rolados de rio (Foto: Edu Castello / Editora Globo)

 (Foto: Edu Castello / Editora Globo)

1. Seixos em escalada
Muros altos precisam ser camuflados para que não chamem mais atenção do que o jardim. A opção mais comum é pintar o paredão de um tom escuro e plantar trepadeiras para cobri-lo. Mas o paisagista Alex Hanazaki optou por uma solução diferente: ele revestiu o muro de 4 m de altura com seixos rolados de rio, colocados um a um sobre um fundo de argamassa, criando uma textura interessante de pano de fundo para o maciço de fórmios. Outra boa dica: o profissional revestiu a casa de máquinas da piscina com tábuas de itaúba, mesma madeira usada no deque, criando um banco. À direita, jabuticabeira com aspargos-rabo-de-gato.

Canto com fogo de chão em jardim (Foto: Renato Corradi / Editora Globo)

(Foto: Renato Corradi / Editora Globo)

2. Jardim quentinho
Criar um canto com fogo de chão é uma maneira interessante de curtir o jardim mesmo quando a temperatura cai. Neste projeto do engenheiro-agrônomo Alexandre Furcolin, a pira é envolta por maciços de alho-social e ganhou a companhia de um banco de pínus de reflorestamento em formato de L, que recebeu recortes para abrigar dois exemplares de cerejeiras-do-rio-grande. Logo atrás, tumbérgias-azuis plantadas em renque formam um encosto para o banco e camuflam parte da cerca.

Redário de toras de madeira ladeado por jabuticabeiras e mussaendas-brancas (Foto: Edu Castello / Editora Globo)

(Foto: Edu Castello / Editora Globo)

3. Para relaxar
O paisagista Gil Fialho aproveitou a generosa metragem deste terreno, com mais de 4 mil m², para criar recantos distintos no jardim, acessados por caminhos sinuosos formados por pedras folheta. Um dos mais disputados é esse redário de toras de madeira ladeado por jabuticabeiras e mussaendas-brancas. Como o pisoteio é constante, a área foi delimitada com pedriscos.

Casa suspensa (Foto: Victor Affaro / Editora Globo)

(Foto: Victor Affaro / Editora Globo)

4. Sonho de criança
Os moradores queriam uma casa na árvore, mas não havia espécie no terreno que suportasse a estrutura. A solução do paisagista Odilon Claro, da Anni Verdi, foi criar um modelo suspenso. A construção de 12 m², projetada por ele e executada pela Adorno Madeiras, foi erguida sobre seis pilares de concreto revestidos de pínus, também usado na estrutura e no telhado. Para acessá-la, há uma escada de ferro galvanizado e um tubo de bombeiro. Por conta da sombra constante, a parte de baixo foi forrada com pedriscos e ganhou um maciço de moreias. Em um dos pilares, cresce um jasmim-dos-açores.

Corredor lateral transformado em horta elevada (Foto: Edu Castello / Editora Globo)

(Foto: Edu Castello / Editora Globo)

5. Corredor bem aproveitado
Graças à engenheira-agrônoma Juliana do Val, da Gaia Projetos, o até então pouco explorado corredor lateral foi transformado em uma horta elevada, organizada em caixas de aço galvanizado revestido por cruzetas. Esse modelo facilita o manuseio dos temperos e é ótimo para quem tem animais de estimação, pois dificulta o acesso deles às plantas. Nos fundos, Juliana projetou uma miniestufa para orquídeas com estrutura de alumínio e vidro. O controle da luminosidade é feito por brises de madeira instalados em uma das faces do telhado. Alguns dos vasos ficam pendurados no teto e outros distribuídos em três prateleiras de ipê.

Pergolado (Foto: Edu Castello / Editora Globo)

(Foto: Edu Castello / Editora Globo)

6. Espaço contemplativo
Um enorme pergolado emoldura os fundos do terreno desta casa de campo. O espaço, que ganhou um conjunto de cadeiras da Armando Cerello, dispostas ao redor de um fogo de chão de ferro, é um convite para o convívio. Projetada pelo engenheiro-agrônomo e paisagista Rodrigo Oliveira, a estrutura é composta de colunas de pedras e toras de eucalipto autoclavado da Casa Bella. Para evitar problemas com as faíscas, a área foi preenchida com pedriscos. Rente às colunas, maciços de alecrim-australiano.