• Texto Roberto Abolafio Jr.
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Conheça uma breve história do hall de entrada (Foto: Casa e Jardim)

O hall de entrada ideal para a pandemia necessita de banco ou cadeira, mancebo e aparador (Foto: Casa e Jardim)

O hall de entrada ganhou destaque com a pandemia, afinal, ele representa a transição entre o ambiente externo e a casa. “Para dar uma nova cara ao espaço, seja grande ou pequeno, é possível lançar mão de móveis feitos sob medida, mas também de peças soltas”, lembra o arquiteto fluminense Pedro Kastrup Buzanovsky, do escritório PKB Arquitetura.

Há os que prefiram os móveis criados especialmente para o ambiente por serem capazes de aproveitar melhor o espaço, reunindo diferentes funções, além de poderem ficar em maior sintonia com o décor da casa. Para um pequeno apartamento, por exemplo, a arquiteta carioca Paula Neder projetou uma sapateira estreita e alta, semiembutida na parede, a fim de dispor calçados na posição vertical, de acordo com o visual restante do projeto.

Os profissionais costumam mencionar a pouca oferta de peças prontas desse tipo com bom desenho. Mas o mercado tem se movimentado. “A Lider, por exemplo, tende a lançar novas sapateiras, que propusemos”, conta o designer André Bastos, sócio do Estúdio Nada Se Leva, empresa que responde pela direção criativa daquela marca de mobiliário.

Com apenas um apartamento por andar, o edifício garante entrada exclusiva para os moradores. Assim, a porta pivotante ripada segue a mesma linguagem do hall do elevador (Foto: Eduardo Macarios/ Divulgação)

Com apenas um apartamento por andar, o edifício garante entrada exclusiva para os moradores. Próximo à porta ripada, uma cadeira permite que os moradores se sentem e tirem os sapatos. Projeto do escritório UNIC Arquitetura (Foto: Eduardo Macarios / Divulgação)

Como kit básico para enfrentar a pandemia, há a necessidade de banco ou de cadeira para se sentar e tirar os sapatos, sapateira ou local especial para armazenar estes acessórios, mancebo ou ganchos presos na parede para pendurar roupas e aparador ou prateleira. “Esses últimos servem para abrigar frascos de álcool em gel, máscaras e, eventualmente, protetores descartáveis para os pés calçados”, explica a arquiteta catarinense Juliana Pippi. Tais protetores são ideais para quem não dispõe de espaço para uma sapateira no hall e tem de caminhar com os sapatos pela casa até chegar ao armário do quarto ou closet para guardá-los. “Já fizemos projetos em que os sapatos, ou parte deles, ficam armazenados próximo da entrada, mas também, em alguns casos, na área de serviço”, diz Mauricio.

Há uma ideia também aos que não têm um hall privativo de elevador e vivem em prédios com diferentes apartamentos no mesmo andar: “Basta combinar com os vizinhos e criar uma área comum para abrigar sapatos e casacos”, sugere Juliana. Agora, se no interior há pouquíssimo espaço disponível, com apenas uma parede junto à porta de entrada para funcionar como hall, talvez valha a pena, segundo Renata, colocar ali uma das cadeiras da sala de jantar, para resolver, de maneira fácil, o problema de onde calçar e descalçar os sapatos, sem precisar ter outro assento.