• Por Lara Muniz
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Charles e Ray Eames (Foto: Divulgação )

O casal Ray e Charles Eames (Foto: Divulgação )

1. Ninguém escapa das crises macroeconômicas
Charles Eames (1907-1978) começou a estudar arquitetura em St. Louis, no estado de Missouri, EUA, sua terra natal. Em 1929 ele viajou para a Europa e teve contato com os arquitetos Le Corbusier, Mies van der Rohe e Walter Gropius, expoentes do Movimento Moderno, do qual era publicamente entusiasta. No ano seguinte, abriu um escritório com dois amigos, que foi obrigado a fechar em 1934 porque a grande depressão fez com que as encomendas desaparecessem.

2. Viajar muda o nosso olhar
Charles morou no México por um breve período de tempo, entre 1934 e 1935. Alguns estudiosos atribuem a esse momento a sua ótima relação com as cores ao longo da sua produção futura.

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3. Um amigo pode descobrir o seu talento
Ao voltar para St. Louis em 1935, Charles abriu um novo escritório com o sócio Robert Walsh. Para desenvolver o projeto da Meyer House, em Huntleigh Village, ele pediu ajuda ao arquiteto finlandês Eliel Saarinen. Começou uma amizade entre grandes. Anos depois, Eero Saarinen, filho de Eliel, convidaria o americano para participar da Cranbrook Academy of Art, escola na qual ele descobriria sua vocação para ser professor de design.

4. O amor pode estar onde você menos espera
Como professor, Charles viu potencial no trabalho de uma aluna talentosa, chamada Bernice Kaiser (1912-1988), mais conhecida como Ray. Um ano depois de conhecê-la, o professor se divorciou da primeira mulher e levou Ray ao altar.

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5. Amizade e trabalho são coisas que se misturam
Dos anos de colaboração entre Charles Eames e Eero Saarinen, muitos móveis surgiram. Chegou um momento em que ficou difícil dizer onde começava o trabalho de um e terminava o do outro. Ou vai dizer que você nunca viu semelhança entre a cadeira DAR (dos Eames) e a Tulipa (de Eero Saarinen)?

Eames Lounge Chair and Ottoman_Herman Miller  (Foto: Divulgação)

Poltrona Eames Lounge, ou E670, de Charles e Ray Eames para a Herman Miller (Foto: Divulgação)

6. Inovar é o melhor negócio
A peça mais conhecida da dupla é a poltrona 670, também conhecida como Lounge, que começou a ser produzida pela Herman Miller em 1956 e até hoje é um hit absoluto de vendas. Tanto sucesso justifica-se pelo método de fabricação desenvolvido pela dupla, que criou uma tecnologia própria para curvar a madeira, utilizada em várias outras peças depois. Além disso, o casal preparava vídeos e instalações multimídia para suas exposições, interações supermodernas para os padrões dos anos 1950.

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7. O feminismo serve para todos
O apreço pelo estrutura era comum aos dois, mas no trabalho rotineiro, ele via o design sob o ponto de vista tecnológico e de materiais, enquanto ela se dedicava à formalidade do desenho e à estética. Nos primeiros anos como dupla, o trabalho do casal era assinado apenas pelo nome de Charles Eames. Até os catálogos da Herman Miller de 1948 e 1952 vinham identificados assim. O reconhecimento da importância do trabalho de Ray veio com o passar do tempo. Veja esse vídeo imperdível de 1956 (em inglês) em que a apresentadora da NBC solta a pérola “por trás de um grande homem, há sempre uma grande mulher”: